♪ Em setembro de 2019, a vida de Rodrigo Vellozo sofreu abalo com a morte do irmão do artista, André. A tragédia da vida pessoal se refletiu na trajetória profissional porque o luto está entranhado no vindouro quarto álbum desse ator, cantor, compositor e pianista, O mestre sala da minha saudade, caracterizado por Rodrigo como “disco-desabafo” e “disco-sobrevivência”.
Segundo single do álbum, Lágrimas no meu sorriso será apresentado na sexta-feira, 19 de junho, em dueto de Rodrigo com o pai, Benito Di Paula, cantor e compositor fluminense que fez nome na música brasileira dos anos 1970 com samba sincopado de cadência conduzida pelo toque do piano.
Pai e filho expiam a saudade de André Vellozo com o canto de Lágrimas no meu sorriso, música composta por Rodrigo em parceria com Romulo Fróes, diretor artístico do álbum O mestre sala da minha saudade.
Tecnicamente, trata-se do segundo dueto de Benito e Rodrigo, feito décadas após registro beneficente da Oração de São Francisco, gravada por pai e filho para campanha fraterna. Na época, Rodrigo Vellozo tinha quatro anos de idade.
Anos depois, o cantor prestou tributo ao pai no terceiro álbum, Como é bonito Benito (2013), e o compositor participou da regravação de Ah, como eu amei! (Jota Vellozo e Nei Vellozo, 1981), mas não se tratou de dueto porque um dos autores da música, Nei Vellozo, também participou da faixa.
Decorridos sete anos, pai e filho se reencontraram no estúdio na gravação do primeiro álbum autoral de músicas inéditas da discografia de Rodrigo Vellozo. No primeiro álbum, Samba de câmara (2013), o artista chegou a incluir duas músicas de lavra própria entre composições alheias.
Anunciado em maio pelo single Hiato, música feita por Rodrigo a partir de letra enviada por Alice Coutinho com o título “E nós?”, o álbum O mestre sala da minha saudade vem ao mundo neste ano de 2020 dois anos após o disco Cada lugar na sua coisa (2018), trabalho de intérprete.
O quarto álbum de Rodrigo Vellozo – pianista de formação clássica – foi formatado com músicos sobressalentes na atual cena musical paulistana, casos de Allen Alencar (guitarra), Rodrigo Campos (cavaquinho e guitarra) e Marcelo Cabral (synth bass e arranjos de cordas).