Nos últimos meses, os jogadores que atuam no Brasil se limitaram a realizar em casa atividades programadas por preparadores dos clubes. Com a pandemia de coronavírus, as partidas do calendário brasileiro foram paralisadas ainda em março. O longo período sem poder entrar em campo criou no lateral-direito João Pedro uma sensação de recomeço. Ansioso, o atleta do Bahia afirma que a retomada da temporada será como se repetisse uma experiência que deveria ser única.
– Ansiedade, é como se fosse o primeiro jogo com a camisa do Bahia novamente. Depois de tanto tempo sem jogar, espero que possamos fazer um grande ano ainda nessa retomada. A gente vem trabalhando bastante, se preparando bem. Fico com a ansiedade de reestrear – disse o jogador.
Parado desde março, o Bahia só ganhou a liberação para voltar a treinar na metade de junho. Desde então, os jogadores trabalham de olho na retomada do calendário. A primeira partida do Tricolor desde a paralisação será contra o Náutico, no dia 22, em Pituaçu, pela última rodada da fase de grupos da Copa do Nordeste.
João Pedro garante que, após quase um mês de intertemporada, está em bom nível físico para o recomeço da rotina de jogos.
– Fisicamente, a gente melhorou muito desde a semana que voltamos a trabalhar. Treinamento diário, com intensidade boa, isso ajuda na parte física. Vamos sofrer um pouco, o jogo é bem diferente do treinamento. Vamos sofrer mais do que estávamos sofrendo, mas acredito que estamos em um nível bom para voltar a jogar.
Com o recomeço dos jogos, João Pedro também reviverá a concorrência com Nino pela titularidade. No início do ano, ele levou a melhor e atuou em dez partidas, enquanto Nino não entrou em campo.
Para João Pedro, a disputa pela posição de titular seguirá em alto nível. O lateral afirma que, independentemente do escolhido por Roger Machado, haverá colaboração para que os dois evoluam conjuntamente.
– Desde minha primeira passagem aqui, o Nino já estava. Temos uma disputa saudável. Mesmo quando ele está jogando, se eu puder ajudar, eu ajudo. Quando eu estou jogando, se ele pode me corrigir, me ajuda. Então fico muito feliz com essa disputa. Ter um concorrente com um nível tão bom quanto ele me motiva cada dia mais – declarou.
– Não só agora por causa da parada. A briga por posição é constante dentro de um clube. Não importa se vinha jogando direto, eu estava tendo que conquistar meu espaço no dia a dia, no treinamento. Acredito que sempre terá briga saudável por posição – finalizou.