Depois do primeiro treino em Lima, alguns jogadores do Flamengo falaram com a imprensa em uma zona mista montada no centro de treinamento da seleção peruana. Filipe Luís foi um deles. O lateral-esquerdo destacou a festa feita pela torcida na quarta-feira, no embarque da delegação rubro-negra, mas manteve os pés no chão: ele quer que a comemoração continue após a final da Libertadores.
– É um momento especial que a gente está vivendo. A gente conseguiu fazer com a que torcida esteja do nosso lado, que essa comunhão seja completa. Conseguimos fazer com o que o torcedor se identifique com os jogadores, com a comissão e com todo o clube outra vez. Foi uma demonstração de carinho. Mas eu particularmente tenho os pés no chão. Quero que essa festa seja depois do jogo.
https://twitter.com/cahemota/status/1197583685761060864
Aos 34 anos, Filipe Luís tem duas finais de Liga dos Campeões no currículo, ambas com a camisa do Atlético de Madrid. Ele acredita que estar acostumado com decisões da Libertadores pode ser uma vantagem para esse time do River Plate.
– A única pequena vantagem que o River pode ter é estar acostumado com finais, jogos importantes. Isso querendo ou não ajuda. Estive na decisão da Libertadores no ano passado. Joguei duas finais de Champions, e na segunda atuei bem melhor por já saber como é porque estava muito mais tranquilo. De resto, é tudo equilibrado – acredita o lateral.
https://twitter.com/cahemota/status/1197584766926757888
Confira outros pontos da entrevista de Filipe Luís:
Primeiro treino em Lima
– Não foi muito intenso, com bastante sol. Mas foi importante. A semana está sendo bem feita como a gente sempre faz em todos os jogos. Não é porque é final que vai ser diferente. Claro que existe todo um sonho por trás, existem alguns detalhes para serem ajustados. É importante trabalhar com essa tranquilidade, só a gente.
Festa da torcida no Rio
– Foi maravilhoso viver esse momento com os torcedores. Sentimos essa comunhão entre a torcida e nosso elenco, com toda a comissão técnica. Hoje a gente está unido, não existe qualquer tipo de problema. O momento é excelente. Foi uma retribuição deles para a gente. Mas meus pés estão no chão. Como eu falei, o que eu quero é que essa festa continue depois do jogo.
Foco na final
“Se a gente ficar olhando o que o torcedor está fazendo, tudo que isso representa, vai existir tensão. Então é importante estarmos frios, serenos, em paz. Sabemos o que temos que fazer. A gente deixa esse lado externo para depois. Quando acabar tudo é que vamos saber o que foi feito.”
O que esperar do River?
– Cada jogo é diferente. A surpresa vai ser natural, até porque a gente nunca jogou contra esse River. Esse River já ganhou a Libertadores, está sem esse peso. Vai ser completamente diferente do que estamos acostumados no Brasil. Mas acho que chegamos no nosso melhor momento.