Suspeita de participar da morte de motorista encontrado em carro em chamas é presa

A suspeita de participar da morte de um jovem motorista de transporte por aplicativo encontrado dentro de um carro em chamas foi presa, em Campina Grande, na manhã desta quinta-feira (6). A suspeita, de 28 anos, se entregou à Polícia Civil e confessou ter participado do crime.

Ela esteve foragida em um matagal próximo ao Hospital de Trauma de Campina Grande durante esses dias e afirmou que apenas assistiu a todo o crime praticado pelo ex-companheiro. Ela entrou em contato com a família e se entregou às autoridades na presença de um advogado.

O crime aconteceu no último dia 27 de dezembro, no bairro de Bodocongó III, enquanto a vítima, identificada como Daniel Vitor Cavalcanti Brito, de 21 anos, trabalhava como motorista de transporte por aplicativo.

A primeira linha de investigação do caso era de que o crime se tratava de um latrocínio – quando há um roubo seguido de morte – já que a vítima teve o celular e o relógio levados durante a ação.

O principal suspeito de envolvimento com a morte de Daniel, um homem de 35 anos, foi preso na segunda-feira (3). Ele teria envolvimento com a mulher presa nesta quinta-feira (6) e o casal tem dois filhos juntos. A motivação do crime seria realizar um assalto devido a dificuldades financeiras, e o casal teria feito o cadastro no aplicativo de transporte com dados de uma criança de 9 anos.

De acordo com o laudo feito pelo Instituto de Polícia Científica (IPC), foi constatado que tentaram estrangular Daniel, mas não conseguiram matá-lo por esse meio. O suspeito do caso informou, ao ser preso, que o meio usado para estrangular o jovem foi um carregador de celular.

Os ferimentos causados pela tentativa de esganadura deixaram o jovem inconsciente. No banco de trás do carro e desacordado, ele começou a aspirar a fumaça que estava saindo do interior do veículo, uma vez que existem vários produtos inflamáveis que compõem as peças do carro, e Daniel morreu com a aspiração da fuligem da fumaça. O suspeito afirmou que ateou fogo no carro de Daniel para evitar ser identificado pelas investigações policiais.

O laudo ainda informou que Daniel tentou lutar pela vida, antes de ficar inconsciente. Mas devido à inalação de alto teor de fumaça, o jovem morreu ainda no local.


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