A visita ontem do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Paraíba expôs uma fratura há tempos existente entre lideranças do bolsonarismo no Estado. A ‘guerra’ interna por espaços, turbinada por vaidades, foi ampliada. Membro histórico do grupo, o deputado Wallber Virgolino (PL) teve dificuldade em ter acesso ao palanque presidencial.
Outras lideranças, como no caso do pastor e pré-candidato ao Senado Sérgio Queiroz (PRTB), sequer participaram da agenda. O mesmo pode-se dizer do ex-prefeito campinense, Romero Rodrigues (PSC).
Internamente, bolsonaristas têm criticado a formatação do palanque do presidente no Estado e a condução adotada pelo partido.
Um dos alvos frequentes dos críticos é o deputado Cabo Gilberto (PL), que parece ter bem mais trânsito junto à cúpula presidencial que os demais pré-candidatos. Em um grupo de whatsapp, intitulado “Tropa Federal PL”, um dos participantes reclama da proximidade do deputado com a comitiva.
A disputa por território dentro do grupo termina por minar também o surgimento de novos apoios. O deputado federal Efraim Filho (União), por exemplo, pré-candidato ao Senado, foi vaiado durante a inauguração feita em Itatuba.
Aliados dele atribuem o gesto a apoiadores da pré-campanha de Bruno Roberto, que também deve concorrer ao Senado.
Nos bastidores o clima esquentou no bolsonarismo paraibano. As vaidades individuais e a busca por visibilidade têm contaminado o agrupamento.