A Polícia Federal na Paraíba deflagrou na manhã desta sexta-feira (3) uma operação que tinha como objetivo desarticular um grupo criminoso com atuação em João Pessoa e na região metropolitana da capital paraibana. A suspeita é que grupos criminosos estavam articulando a obtenção de vantagens em órgãos públicos da cidade, como as secretarias municipais de Saúde e de Direitos Humanos e Cidadania de João Pessoa e a Empresa de Limpeza Urbana (Emlur).
De acordo com as investigações, um homem que está preso em uma penitenciária da Paraíba, e que tem posição de liderança na organização criminosa investigada, articulou a obtenção de vantagens em órgãos públicos, com a ocupação de cargos públicos, em troca de dar apoio para que agentes municipais conseguissem adentrar em comunidades controladas ou que sofrem influência do crime organizado.
Por meio de nota, a Prefeitura de João Pessoa informou que se coloca à disposição para cooperar integralmente com as investigações. Destacou também que “condena veementemente qualquer tipo de ato ilícito e que determinou a instauração de procedimento administrativo para apurar a responsabilidade dos servidores citados na investigação”.
Estavam sendo cumpridos nas primeiras horas da manhã sete mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão, além do bloqueio em contas bancárias. A Polícia Federal ainda não informou quem seriam os alvos de prisão, mas confirmou que buscas e apreensões foram realizadas nos três órgãos públicos municipais.
De acordo com nota da PF, a operação, batizada de Mandare, tinha o objetivo de aprofundar a coleta de provas acerca da atuação do grupo criminoso no estado. E as investigações teriam começado depois de se observar “intensa movimentação financeira do grupo investigado”, que atuaria em atividades criminosas diversas, em especial o tráfico de drogas.
A operação contou com o apoio da Polícia Militar da Paraíba. Participaram das diligências 44 policiais federais e 40 policiais militares.