Hugo nega acordo para livrar Eduardo Bolsonaro de uma cassação de mandato

Em conversa rápida com a jornalista Sony Lacerda, o presidente da Câmara Federal, deputado federal Hugo Motta (Republicanos), negou que haja qualquer acordo para “salvar” o deputado Eduardo Bolsonaro, como tem defendido parlamentares ligados ao PL e ao bolsonarismo. As informações são do Blog da Sony Lacerda.

Sobre informação divulgada pela imprensa, de que haveria acordo para que Eduardo Bolsonaro vire líder e se livre de uma possível cassação do mandato, Motta criticou a onda de desinformação e fake news sobre o assunto.

Ao se tornar líder por indicação da bancada, Eduardo Bolsonaro, em tese, não teria a necessidade de contabilizar presença em plenário, porque fica implícito que há atuação direta do líder junto à bancada. O que não é o caso de Eduardo, que está em outro país conspirando contra o Brasil.

Hugo Motta afirmou em entrevistas anteriores que o Conselho de Ética da Câmara analisará a situação de Eduardo, e que o deputado será tratado como “qualquer outro parlamentar”. Também lembrou que não há previsão no Regimento Interno da Casa para que um deputado cumpra o mandato estando em outro país.

Eduardo está desde fevereiro nos Estados Unidos. Cumpriu o período de licença, mas não retornou para os trabalhos na Câmara. Ele tem atuado para que o Governo Trump interfira, ainda que sem poder legal, no Judiciário brasileiro de forma a beneficiar o ex-presidente Bolsonaro, condenado há 27 anos de prisão por tentativa de golpe de estado.

Líderes do bolsonarismo já chegaram a sugerir que governadores do campo conservador, a exemplo de Ronaldo Caiado (Mato Grosso) e Cláudio Castro (Rio de Janeiro) nomeiem Eduardo para uma secretaria de forma que ele possa voltar sem risco de perder o mandato.

Sony Lacerda