A democratização ao acesso aos smartfones, e com ela as redes sociais, gerou impactos sociais percebidos das mais diferentes maneiras, como na reverberação das vozes de minorias que a tempos clamavam por serem ouvidas e também na ascenção social e econômica de pessoas fora do eixo dos grandes centros, indivíduos que, antes das transformações que a tecnologia provocou na telefonia, estariam condenadas a repetirem as condições sociais dos seus pais e avós.
A mudança de comportamento na sociedade e o surgimento de novas profissões que se percebe ao observar as redes sociais, estão levando a relação do homem com ele mesmo a outro patamar, trazendo transformações sociais em uma velocidade que dificulta sua acomodação na sociedade, gerando conflitos entre o antigo e o novo. Muitas vezes os modelos estabelecidos procuram desqualificar o modelo que está surgindo por medo da mudança que ele pode trazer, e nesta luta de não aceitação esta se vivendo um retrocesso comportamental (o conservadorismo acentuado) e um aprofundamento das divisões ideológicas e comportamentais.
Todo esse embate entre o antigo e o novo tem provocado excessos de ambos os lados, onde nem um nem o outro tem permitido o diálogo para buscar a convergência e assim minimizar os conflitos. Mas é inegável o poder de transformação social da tecnologia e que são muitas possibilidades de como essa transformação pode ocorrer.