No Botafogo-PB, Felipe relembra sua trajetória e se rende aos Ronaldos: “Só vendo para crer”

Uma carreira vitoriosa e muito bem guardada na memória. A live do goleiro Felipe, que hoje atua no Botafogo-PB, em uma das redes sociais do clube, foi um verdadeiro baú de recordações para o arqueiro alvinegro. É que, além do camisa 1 ressaltar o grande desafio de subir com o Belo à Série B, na temporada 2020, foi revelado também detalhes sobre um dia específico em que sua carreira ganhou novos rumos – quando ainda atuava no Bragantino -, passou pela lembrança da defesa mais marcante, até chegar nas inesquecíveis experiências ao lado de Ronaldo Fenômeno, no Corinthians, e de Ronaldinho Gaúcho, no Flamengo.

Outro momento importante da entrevista de Felipe aconteceu quando ele relembrou a sua estreia no Botafogo-PB. É que o seu primeiro toque na bola foi especial, defendendo um penalidade máxima, quando voltava a atuar depois de quatro meses.

– Foi importante aquela estreia. Foi a terceira defendendo pênalti. E no meu primeiro toque na bola. Vencemos e eu peguei um pênalti. O torcedor quer que você faça a mesma coisa que fez nos outros clubes. Foi um cartão de visitas importante – relembrou.

Com 36 anos, Felipe deu início à sua carreira no Vitória, onde passou 10 anos nas categorias de base. Até chegar lá, o jogador contou que precisou ser descoberto no futsal, onde começou atuando em qualquer posição que melhor lhe encaixasse, menos como goleiro.

Rememorando muitos momentos de sua carreira, Felipe apontou o lance mais inesquecível. Aconteceu vestindo a camisa do Corinthians, em 2007, contra o Goiás, no Serra Dourada, quando o time ainda brigava pela consequente queda àquela época. O pênalti defendido no chute de Paulo Baier, na reta final do jogo – que estava empatado em 1 a 1 -, lhe emociona até hoje.

– Foi em 2007, contra o Goiás. Eu defendi o pênalti do Paulo Baier e conseguimos respirar. Até hoje, quando eu vejo, me deixa arrepiado. Não vou esquecer nunca – admitiu.

Goleiro comemora gol do Corinthians marcado no duelo contra o Goiás, em 2007 — Foto: Arquivo Pessoal
Goleiro comemora gol do Corinthians marcado no duelo contra o Goiás, em 2007 — Foto: Arquivo Pessoal

Outro momento exaltado de maior ênfase aconteceu quando ele relembrou a convivência diária com Ronaldo Fenômeno e Ronaldinho Gaúcho. Companheiro dos dois ex-jogadores no Corinthians e no Flamengo, respectivamente, o arqueiro do Belo colocou os ex-companheiros em um degrau inatingível.

– Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho é só vendo para crer. É um sentimento que eu posso contar para os meus filhos: joguei com eles e ganhei títulos com eles – contou o goleiro.

Felipe e Ronaldinho Gaúcho festejam a vitória histórica do Flamengo sobre o Santos, por 5 a 4, na Vila Belmiro — Foto: Wander Roberto
Felipe e Ronaldinho Gaúcho festejam a vitória histórica do Flamengo sobre o Santos, por 5 a 4, na Vila Belmiro — Foto: Wander Roberto

Veja alguns momentos da entrevista de Felipe

NEGOCIAÇÃO COM O CORINTHIANS
“Existem momentos importantes. Para mim, o mais importante foi antes da segunda semifinal do Campeonato Paulista, contra o Santos. Na concentração, no dia anterior, e o telefone tocou. Foi um dirigente do Corinthians me ligou e eu desci. Tinham três senhores sentados, que me apresentaram e já disseram que a negociação já estava fechada com o Corinthians. Minha cabeça ficou a mil”

DEFESA MAIS MARCANTE
“Foi em 2007, contra o Goiás. Eu defendi o pênalti do Paulo Baier e conseguimos respirar. Até hoje, quando eu vejo, me deixa arrepiado. Não vou esquecer nunca””

CORINTHIANS OU FLAMENGO
”Foram dois momentos distintos na minha vida. No Corinthians eu tinha acabado de surgir e era muito jovem. Vivi o pior momento do clube e depois participei da reformulação. Aquilo que o Corinthians é, hoje, começou em 2008. No Flamengo eu já estava um pouco mais experiente. Foram dois momentos bons e que tive a felicidade de ganhar títulos nos dois times. É meio a meio”

EXPERIÊNCIA COM OS RONALDOS
”Sobre o Ronaldo, no Corinthians, a gente já pensava que era mentira. Quando ele chegou, ninguém acreditou. Meu armário era do lado dele. O cara deu a Copa para o Brasil, em 2002. Era uma motivação a mais. Com o Ronaldinho Gaúcho não foi diferente. O que ele fazia dentro de campo não tem nem como falar. Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho é só vendo para crer. É um sentimento que eu posso contar para os meus filhos: joguei com eles e ganhei títulos com eles”

Ronaldo e Felipe quando companheiros de Corinthians — Foto: Daniel Augusto Jr /Ag. Corinthians
Ronaldo e Felipe quando companheiros de Corinthians — Foto: Daniel Augusto Jr /Ag. Corinthians

CONVITE DO BOTAFOGO-PB
“O convite partiu do Léo Moura. Foi o primeiro contato que eu tive. Ele me passou as informações do clube. Como era a estrutura, o trabalho da diretoria. Depois eu passei a ter mais contato com a diretoria. Foi se aprofundando os interesses. Ainda tinha contrato na Hungria. Quando consegui resolver com eles, ficou mais fácil de vir para cá. Fico muito feliz pelo carinho que eu recebo do torcedor”

ESTREIA DOS SONHOS
”Foi importante aquela estreia. Foi a terceira defendendo pênalti, no meu primeiro toque na bola. Vencemos e eu peguei um pênalti. O torcedor quer que você faça a mesma coisa que fez nos outros clubes. Foi um cartão de visitas importante. Muita gente dizia que eu vinha de férias e que eu não vim pra ajudar. A melhor resposta a gente dá dentro de campo. Eu vim para trabalhar e ajudar o Belo a conseguir os seus objetivos”

SONHO DA SÉRIE B
“Um dos grandes desafios que me passaram foi o do acesso. É o grande sonho do torcedor. O planejamento é esse. É um campeonato difícil. Mas temos certeza que, com esse elenco, nós vamos chegar no acesso. Meu objetivo é chegar em novembro e ver a torcida feliz”

TÍTULO DA COPA DO NORDESTE
”Temos atletas que já passaram por grandes clubes. Temos grandes atletas. É um elenco muito qualificado, que tem peso, que rodou em clubes grandes. São jogadores com bagagem. Isso pesa na hora de uma decisão”

RELAÇÃO COM OS OUTROS GOLEIROS
“O ambiente é tranquilo. Quando chega um atleta para uma posição sempre tem aquele impacto. Mas eu fui muito bem recebido. Na primeira conversa eu disse que vinha para agregar. Sabia do momento do Samuel e trabalhei diariamente. Eu sabia que não estava no meu ritmo. Me preparei e esperei a minha oportunidade”

QUARENTENA
“O clube passou uma programação semanal para os atletas. A gente tenta adaptar. Onde eu moro tem uma academia liberada. E consigo correr na praia também. A gente não sabe quando isso vai acabar. Temos que nos cuidar para que não estejamos tão longe do ideal quando nos apresentarmos. Já me encontrei (correndo) com o Rhuan, com o Rodrigo Andrade. Temos que nos adaptar”

Com Globoesporte.com


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