39O presidente do Botafogo-PB, Sérgio Meira, que já admitiu que quer concorrer à reeleição no clube, tem pelo menos uma opinião já formada sobre a reforma do estatuto. Segundo ele, a carta magna do clube é confusa sobre a organização das eleições da agremiação. Ele quer propor no Conselho Deliberativo a criação de uma Comissão Eleitoral, que possa organizar de maneira mais transparente os pleitos.
Atualmente, as eleições no clube são divididas em dois momentos. No segundo domingo de outubro de todo ano par, a Assembleia Geral se reúne ordinariamente para eleger o Conselho Deliberativo. A organização desse primeiro pleito é atribuída estatutariamente à Diretoria Executiva. Tanto que é o presidente do clube que preside a Assembleia.
No quarto domingo de outubro dos anos pares, é a vez de o Conselho Deliberativo (CD), eleito duas semanas antes, eleger o presidente do clube, o vice e o Conselho Fiscal. Também não há uma Comissão Eleitoral nesse processo, ficando a cargo da secretaria do CD receber as inscrições da chapa e identificar eventuais irregularidades.
– No estatuto não fala em Comissão Eleitoral, fala em Assembleia Geral para eleger. É diferente. É isso que quero implantar: uma Comissão Eleitoral com poderes de dar lisura e transparência à eleição. Vou submeter ao Conselho Deliberativo. Resolve todas as dúvidas. E vou também sugerir, independentemente de onde eu esteja posicionado no clube, como presidente, conselheiro ou torcedor, a revisão completa do estatuto. O estatuto é confuso – comentou.
A reforma estatutária tem sido um dos debates mais importantes no Botafogo-PB atualmente, alvo de análises tanto da situação quanto da oposição, além da torcida. Na última terça-feira, um conselheiro da oposição, José Afonso Guedes,entrou junto à Diretoria Executiva com um requerimentopara que ela divulgue a lista dos Sócios Contribuintes, que é parte do colégio eleitoral que elege o CD.