Em reunião nesta quinta-feira (28) no Palácio do Planalto, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse ao presidente Jair Bolsonaro que estava ali em “missão de paz” e que avaliava que “todas as partes estão cometendo excessos”.
Para Alcolumbre, é preciso baixar a temperatura da crise política para se aprovar as medidas para combater o coronavírus e recuperar a economia brasileira.
Alcolumbre, segundo interlocutores, pediu a Bolsonaro o encontro na busca de tentar pacificar o relacionamento do Palácio do Planalto com o Supremo Tribunal Federal, depois das críticas feitas nesta quarta pelo presidente da República contra decisão do ministro Alexandre de Moraes de determinar operação da Polícia Federal contra disseminação de notícias falsas por uma rede bolsonarista.
Ao chegar ao encontro, Davi Alcolumbre afirmou que, em sua avaliação, o momento de tensão mostra que “estão esticando a corda” e que isso não é bom para a harmonia dos Poderes. Bolsonaro respondeu que há muitos excessos nas decisões do Supremo. Ao que Alcolumbre disse que “ha excessos de todas as partes”.
Em seguida, o presidente da República disse a Alcolumbre que respeita a Justiça e suas decisões e que sempre defenderá a democracia. Bolsonaro chegou a dizer que “ordens absurdas não se cumprem” e que “nós temos que botar um limite nessas questões”.
Além de Bolsonaro e Alcolumbre, participaram do encontro ministros militares do Palácio do Planalto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva.
Ao voltar ao Senado, Alcolumbre disse a senadores esperar que sua ida ao Planalto ajude a serenar os ânimos entre Executivo e Judiciário. Seus colegas, porém, têm dúvidas já que o presidente já prometeu baixar o tom de seus ataques contra o STF, mas logo depois voltou à carga.
Com G1
