Sessões e serviços administrativos retornam ao modelo remoto na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). A suspensão do trabalho presencial foi definida um dia após a retomada dos parlamentares ao plenário. A falta de imunização do deputado Cabo Gilberto Silva (PSL) foi o ponto de partida para as mudanças votadas nesta quarta-feira (6).
A votação para retomada do home-office teve aprovação de 18 parlamentares e quatro abstenções. Apenas um deputado foi contrário ao fim das sessões híbridas.
Na terça-feira (5), o deputado estadual Cabo Gilberto voltou ao plenário mesmo alegando não ter tomado vacina. Pelas normas de retomada das sessões híbridas, o parlamentar não pode ter acesso aos ambientes da Casa.
Contra a presença do político sem imunização no plenário, o deputado Hervázio Bezerra (PSB) apresentou questão de ordem à Mesa Diretora. “O deputado ou deputada tem todo o direito de não se vacinar, agora, o direito dele termina quando começa o nosso e o direito dos servidores”, disse.
Durante a sessão, os deputados votaram e autorizaram, por maioria, a presença do colega sem a vacina no ambiente. Em retaliação, Hervázio deixou o plenário acompanhado por Inácio Falcão e João Gonçalves.
No mesmo dia, deputados votaram o fim da suspensão de corte de salário de servidores que se negarem a receber a imunização.
Ainda durante a sessão, a deputada Jane Panta, que também é médica, afirmou que “conseguiria” uma dose única para o deputado Cabo Gilberto Silva. “Ele já garantiu que irá se vacinar, eu consigo a dose única pra ele. Se ele me conceder, terei a maior honra de vaciná-lo”, disse ela.
Vale lembrar que a prática é ilegal, já que todas as vacinas que chegam à Paraíba são distribuídas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) aos municípios, cabendo a eles o planejamento da campanha de vacinação. Além disso, conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), todas os imunizantes que estão sendo usados no Brasil são eficazes. Por isso, não é recomendado que a população escolha qual vacina tomar.