O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (19) que deverá presidir o partido Aliança pelo Brasil, o qual ele articula a criação.
Bolsonaro deu a declaração ao conceder uma rápida entrevista no Palácio da Alvorada, residência oficial.
A convenção da Aliança está marcada para esta quinta (21), em Brasília, e o presidente assinou nesta terça a desfiliação do PSL. Na semana passada, já havia anunciado que deixaria a legenda.
“Por enquanto, o presidente [da Aliança] sou eu, mas na política tudo muda”, declarou.
O processo para criar um partido não é simples e, geralmente, leva tempo. É preciso, por exemplo, atender a uma série de exigências, entre as quais obter um número mínimo de assinaturas de apoio em todos os estados.
A saída de Bolsonaro do PSL é resultado de uma crise gerada no partido em outubro, quando o presidente pediu a um apoiador para “esquecer” a legenda porque o presidente do PSL, Luciano Bivar, está “queimado para caramba”.
Essa declaração desencadeou uma disputa entre as alas ligadas a Bolsonaro e a Bivar, o que resultou, por exemplo, na destituição do líder do partido na Câmara, deputado Delegado Waldir. No lugar, assumiu o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Jair Bolsonaro.
‘Dificuldades’
Enquanto Bolsonaro se deslocava para o Palácio da Alvorada, o porta-voz do governo, Otávio do Rêgo Barros, concedia uma entrevista no Palácio do Planalto.
Questionado se o presidente da República comandará a Aliança, Rêgo Barros disse que Bolsonaro vê “algumas dificuldades” em comandar o governo e o novo partido.
“Há pouco, nós estávamos conversando, e ele destacou que, embora colocando-se à disposição, ele vê algumas dificuldades de, em sendo presidente, líder do poder Executivo, também levar adiante a direção dessa nova legenda, mas não descartou a possibilidade”, disse.
G1