A secretária executiva do Meio Ambiente de Bananeiras, Kerssia Melo, denunciou, pelas redes sociais, o descaso com a preservação da Cachoeira do Roncador, uma das principais atrações turísticas do Brejo paraibano. Segundo Kerssia, a degradação do ambiente tem prejudicado o turismo e a economia local. Fotos publicadas por ela mostram que a cachoeira está praticamente seca.
Localizada nos municípios de Bananeiras, Borborema e Pirpirituba, a Cachoeira do Roncador foi instituída Área de Proteção Ambiental (APA) pelo Governo do Estado em 2006. Conforme decreto publicado no Diário Oficial, a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) é a responsável pela administração da APA.
Em nota a, Sudema alega que sempre realizou fiscalizações na APA, mas intensificará os trabalhos em 2020, a partir da criação de um conselho gestor. A nota não informa o que teria causado a seca da cachoeira, nem detalha o resultado das fiscalizações que assegura fazer. Leia o texto na íntegra:
“A Sudema informa que segue realizando ações de fiscalização na APA do Roncador, localizada nos municípios de Bananeiras, Borborema e Pirpirituba, de modo a identificar qualquer irregularidade praticada no local e tomar as providências devidas em cada caso. De igual modo, a autarquia está em processo de criação do conselho gestor da APA do Roncador, o que auxiliará o órgão nas demandas de efetivação da gestão da unidade de conservação. Em 2020, a Sudema intensificará seus trabalhos no que tange às 15 unidades de conservação do estado, no que diz respeito a seus planos de manejo, questão fundiária, bem como a conservação dessas unidades”.
Turismo pouco explorado
A presidente da Empresa Paraibana de Turismo (PBTur), Ruth Avelino, diz que a falta de preservação no Roncador é um problema que se arrasta por muitos anos. Segundo ela, o despejo de lixo na localidade é comum, o que impossibilita grandes ações voltadas ao turismo.
“A Cachoeira do Roncador é um importante atrativo do Brejo, mas não está no rol dos destinos que fazemos ampla divulgação, justamente por conta dessas questões. Não podemos mandar turistas para um lugar que é cheio de lixo. Não podemos divulgar um lugar que não está preparado para receber turistas. Até o acesso à cachoeira é muito difícil”, explica.
Ruth Avelino conta que ficou assustada com a baixa no volume da cachoeira e alertou para a necessidade de ações reparatórias urgentes. “É muito ruim que um patrimônio como esse esteja sendo tão mal cuidado. E não podemos responsabilizar apenas prefeituras ou o governo. A população também precisa se conscientizar e parar de degradar a cachoeira”, ressalta.
Correio da Paraíba