Em conferência realizada na manhã desta sexta-feira, Toshiro Muto, CEO do Comitê Organizador de Tóquio 2020, enfatizou que seguem adiante os trabalhos para a realização das Olimpíadas no ano que vem. O dirigente, no entanto, reconheceu que a edição do evento pode “não ser convencional” em relação aos demais realizados em virtude da diminuição de custos e de possíveis medidas anti-coronavírus a serem adotadas, acarretando assim mudanças nos padrões habituais dos Jogos.
– Os Jogos que poderemos ter em um ano podem não ser convencionais como outras Olimpíadas e Paralimpíadas que tivemos até agora – disse Muto.
Muto admite que os Jogos de Tóquio podem não se tornar grandiosos, que podem sofrer algumas limitações, porém ressaltou que não serão incompletos. O chefe-executivo do Comitê completou afirmando que tudo será feito para que as reduções não ultrapassem o essencial, sem exageros, e ainda salientou que as Olimpíadas precisam deixar algum legado também em relação a isso, provando que uma gestão apenas com gastos necessários é capaz de realizar um grande evento.
O dirigente, entretanto, se apressou em dizer que ainda não sabem exatamente quais medidas anti-coronavírus precisarão ser tomadas, pois é necessário dimensionar o efeito que pandemia deixará no mundo no ano que vem.
Perguntado sobre as chances de um novo adiamento e consequentemente o cancelamento dos Jogos de Tóquio, Toshiro Muto desconversou e seguiu adotando o discurso de “estar comprometido em entregar o melhor em 2021”.
Um jornalista perguntou sobre o revezamento da tocha olímpica. Há rumores de que ele possa ser menor e com menos participantes. Muto não entrou muito em detalhes, mas não descartou nada.
– Estamos olhando para todas as áreas possíveis. É hora de revisarmos o que é essencial para os Jogos. O que são itens que precisamos ter? Acho que podemos chegar a novos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, algo que é único para Tóquio – falou.
Por fim, quando questionado sobre a falta de novidades após o anúncio das novas datas para ano que vem, Muto apenas falou que vão chegar em breve e completou que os organizadores estão tentando garantir que as 43 instalações esportivas estejam disponíveis em 2021:
– Vai levar um tempo e isso não podemos mudar – concluiu.
Com Globoesporte.com
