CRM constata falta de respiradores em hospital municipal de Rio Tinto, PB

O hospital municipal Doutor Francisco Porto, em Rio Tinto, no Litoral Norte da Paraíba, não tem respiradores para estabilização dos pacientes com Covid-19, segundo o Conselho Regional de Medicina (CRM-PB), que visitou a unidade nesta quinta-feira (6). Além disso, foi constatada a presença de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) inadequados, como a máscara KN95, não recomendada pela Anvisa para uso de profissionais de saúde que estão na linha de frente da pandemia. A unidade também não possui equipamentos para exames de imagem.

Segundo a diretoria, o hospital não possui respiradores pois não há necessidade, já que ele não é uma unidade de referência para pacientes com Covid-19. Ressalta ainda, que a equipe não foi notificada, apenas orientada, e que providências acerca de EPIs errados estão sendo tomadas. A diretoria informa que um novo prédio para a unidade está pronto, com dois respiradores e outros equipamentos, esperando apenas a aprovação e documentos em tramitação no Ministério da Saúde para começar a funcionar.

De acordo com o vice-presidente do CRM-PB, Antônio Henriques, a unidade tem uma estrutura hospitalar antiga e inadequada, sem equipamentos essenciais para atendimento a pacientes graves, enquanto há uma estrutura mais nova, inaugurada, mas sem uso.

Ele ressalta que é necessária uma mínima estrutura para a estabilização dos casos moderados e graves de Covid-19, para que atender pacientes antes que eles possam ser transferidos para uma unidade hospitalar com mais condições de atendimento.

Conforme o conselheiro e membro da Comissão de Enfrentamento ao Coronavírus do CRM-PB Bruno Leandro de Souza, o conselho constatou que há uma sala de estabilização com canalização de gases e a estrutura necessária para atendimento, mas está sem funcionamento, e os aparelhos guardados na sala não puderam ser checados. Ele acrescenta que o CRM-PB solicitou essas informações aos gestores municipais.