A defesa do ex-governador Ricardo Coutinho (PT) se manifestou na tarde desta quinta-feira (15) da mais nova denúncia protocolada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) no âmbito da Operação Calvário. Hoje, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) acusou o petista, seu irmão, Coriolano Coutinho, além de Pedro Patrício de Sousa Júnior e Alexandre Magno Cândido da Cruz de irregularidades na gestão da Loteria do Estado da Paraíba – LOTEP.
Em nota, os advogados afirmaram que a nova acusação acontece no momento em que o nome de Ricardo é cotado para assumir no governo Lula. Veja a nota:
A defesa de Ricardo Coutinho tomou conhecimento na data de hoje, através da imprensa, de nova denúncia oferecida pelo Ministério Público da Paraíba – GAECO/PB.
Além da denúncia se basear em ilações antigas, amparadas nas já rechaçadas e desacreditadas palavras de delatores premiados, a nova acusação só confirma o viés político e persecutório da chamada “Operação Calvário” contra Ricardo Coutinho, com o oferecimento de novas denúncias justamente no momento em que o seu nome passa a ser especulado para compor o novo governo do Presidente eleito.
Práticas como esta só evidenciam, cada vez mais, o Lawfare empreendido por setores do Ministério Público contra Ricardo Coutinho, com o uso de instituições públicas como verdadeiras máquinas de guerra para tentar aniquilar e destruir adversários políticos.
A acusação
As investigações apontam que Coriolano tinha o controle da LOTEP e era um dos principais responsáveis pela coleta de propinas destinadas a Ricardo. Com alta influência, o irmão do ex-governador é apontado pelos investigadores como a pessoa que usava o poder do Estado para direcionar concessões de empresas sob a possibilidade de reincidir contratos já firmados para a exploração de jogos, incluindo demissão, desligamento ou inabilitações.
Além de agir com influência, Cori é suspeito de extorsão. Um dos empresários ouvidos pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) disse que foi obrigado a comprar produtos do investigado como modo de não sofrer represálias.
A nova denúncia aponta dois crimes de extorsão. O primeiro cometido por Ricardo, Coriolano e Pedro Patrício contra Denylson Machado, que teria sido ameaçado com o intuito de obter vantagem econômica mediante a venda de trios elétricos.
A outra extorsão persiste na acusação da ameaça contra Daniel Gomes, para que fosse extinto o contrato com a empresa Bilhetão, sob a pena do fim do contrato entre a Cruz Vermelha do Brasil e o Governo do Estado.