A união política envolvendo o ex-prefeito Bôda com o deputado estadual João Bosco, em Alagoa Grande, existe desde junho de 2023. Foi neste período que ocorreu a nomeação de Felipe Martins Marques Navarro, filho de Bôda, como secretário parlamentar do gabinete de Júnior Carneiro, na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). O salário é de R$ 10 mil reais por mês, conforme os dados disponibilizados no Sagres-PB.
De junho à dezembro de 2023, Felipe recebeu um valor total de R$ 70 mil, conforme dados do Sagres-PB. Entre os meses de janeiro e maio de 2024, ele faturou cerca de R$ 50 mil, totalizando um montante de R$ 120 mil desde sua admissão.
Nesta época, João Montenegro (irmão de Bôda) ocupava na gestão do prefeito Sobrinho o cargo de Secretário Municipal de Saúde. Publicamente, João deixava transparecer a existência de um compromisso de sua família com o grupo político de Sobrinho. Mas, ficou evidente que João Montenegro optou o tempo todo em utilizar a estrutura da Secretaria para se autopromover.
Interlocutores da gestão municipal de Alagoa Grande relataram que, após a descoberta desta nomeação, ficou claro que João estava atuando como um “espião” e sabia desde o princípio que jamais ficaria no grupo liderado pelo prefeito Sobrinho. Sendo assim, nunca existiu lealdade do ex-secretário de saúde diante da confiança depositada pelo prefeito Sobrinho no seu nome.
Após vim à tona os documentos que comprovam a nomeação de Felipe, isso deixa em evidência o fato de João Montenegro recursar qualquer convite, à época, para compor a chapa do pré-candidato a prefeito indicado pelo prefeito Sobrinho. Além disso, também mostra a frieza de João ao entregar o cargo e ser anunciado como pré-candidato a vice-prefeito na chapa da oposição sem quaisquer empecilhos.
“Agiu de má-fé e traiu a boa vontade do prefeito. Sobrinho atuou o tempo todo com boas intenções, mas recíproca não foi verdadeira”, contou um interlocutor.