Desocupação cai a 8,6% na PB no 2º trimestre de 2024 e mantém tendência de queda

A taxa de desocupação na Paraíba foi estimada em 8,6% no 2º trimestre de 2024, apresentando redução de 1,3 pontos percentuais em relação ao 1º trimestre deste ano (9,9%), de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD C) Trimestral, divulgada nesta quinta-feira (15), pelo IBGE. Essa variação, embora não seja estatisticamente significativa, dá continuidade à tendência de baixa observada nos últimos anos. Em relação ao 2º trimestre de 2023 (10,4%), houve recuo de 1,8 pontos percentuais.

O indicador paraibano ficou acima da média do Brasil (6,9%), mas abaixo da do Nordeste (9,4%). Na comparação com as demais unidades da federação, foi a 8ª maior taxa do país e a 5ª maior do Nordeste.

O levantamento estima que no 2º trimestre de 2024, na Paraíba, havia 151 mil pessoas desocupadas – que não estavam trabalhando, mas, no período investigado, adotaram alguma medida para buscar uma ocupação. Comparando com o 2º trimestre de 2023 (174 mil) e o 1º trimestre de 2024 (172 mil), não apresentou variação esttisticamente significativa em relação aos dois períodos.

Por outro lado, o contingente de pessoas ocupadas na Paraíba, estimado em 1.609 mil pessoas, aumentou em 109 mil pessoas, o que corresponde a 7,3% de crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior (1,5 mil). No comparativo com o trimestre anterior (1.572 mil), houve crescimento de 37 mil pessoas, ou seja, variação de 2,4%.

Nível de ocupação cresce continuamente nos últimos anos

O levantamento apontou ainda que o crescimento de 7,3% (109 mil) no número de ocupados, entre o 2º trimestre de 2023 e o mesmo período de 2024, foi alavancado pela expansão de 16,4% (100 mil) no contingente de empregados no setor privado, sendo mais intenso entre os trabalhadores sem carteira de trabalho assinada, de 30,3% (75 mil), do que entre os com carteira de trabalho assinada, cuja variação foi de 6,9% (25 mil).

Também foi verificado aumento no número de empregadores, de 45,2% (20mil), tanto entre os com CNPJ (40,1%; 14 mil), quanto entre os sem CNPJ (63,6%; 6 mil). Por sua vez, o contingente de trabalhadores por conta própria teve retração de 8,6% (-38 mil pessoas), sendo mais intensa entre os com CNPJ (-32%; 24 mil) do que entre os sem CNPJ (-3,7%; -13 mil).

O crescimento geral do contingente de ocupados nos últimos três anos manteve a tendência de elevação contínua do nível da ocupação que, no 2º trimestre dos anos de 2021 a 2024, passou sucessivamente de 42% para 45,3%, 46,6% e 49,3%.

Apesar disso, o indicador do 2º trim./2024 foi o 7º menor percentual entre todas as unidades da federação, além de sido inferior ao observado na média do país (57,8%), embora levemente superior à média regional (48,9%). A proporção é calculada com base no número de pessoas ocupadas em relação ao total daquelas que estão em idade de trabalhar, que têm 14 anos ou mais.

A pesquisa mostra que a população ocupada informalmente, no estado, cresceu 9,5% (70 mil) entre o 2º trimestre de 2023 (739 mil pessoas) e o mesmo período de 2024 (809 mil pessoas), levando a taxa de informalidade a se elevar em 1 p.p. (de 49,3%, para 50,3%, respectivamente). O indicador estadual no 2º trimestre ficou semelhante ao regional (50,4%), mas foi 11,7 pontos percentuais maior que o verificado na média nacional (38,6%), sendo o 6º maior do país.