O governador João Azevêdo (Cidadania), durante o programa ‘Conversa com o Governador’ desta segunda-feira (8), fez um alerta aos gestores municipais da Paraíba e ressaltou que a conjuntura atual que o Estado vem enfrentado, devido à pandemia da Covid-19, é um momento de somar e não de fazer politicagem.
O recado de João veio após o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD) questionar os dados da última avaliação do Plano Novo Normal divulgada neste final de semana, que ocasionou na mudança da bandeira de Campina Grande, que saiu de amarela para laranja.
“É hora de somar e não de dividir. Não é hora de politicagem, discurso fácil e palavras soltas de efeitos, para agradar alguns. Não adianta tentar jogar para debaixo do tapete a realidade que é muito cruel”, disse o governador.
As classificações dos municípios paraibanos mudam de acordo com o número de novos casos, o percentual de letalidade, percentual de ocupação de leitos disponíveis e o índice de obediência do distanciamento social.
João ainda destacou que a “visão estreita” de alguns gestores está ocasionando na desinformação da população, por levarem a público deduções equivocadas e números errados.
“Infelizmente a politicagem pequena, a visão estreita de algumas lideranças e de meios de comunicação levam a população a deduções equivocadas, a números errados e que isso nem ajuda e nem contribui. O pior momento da pandemia foi lá em agosto, passamos sem nenhum problema do colapso do sistema naquela época”, afirmou.
Durante sua fala, João detalhou como estão os números de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e de enfermaria em cada macrorregião da Paraíba e rebateu às informações, que ele chamou de uma “grande mentira”, de que João Pessoa, que faz parte da 1ª macrorregião, não teria ampliado o número de leitos de UTI e estaria sobrecarregando outras regiões.
“No dia 06 de agosto de 2020, tínhamos 193 leitos de UTI e 273 de enfermeira. Ontem, dia 07 de março, nós temos 212 leitos de UTI e 281 leitos de enfermaria. Vamos abrir ainda mais e chegaremos a 259 leitos de UTI e 318 de enfermaria. Então dizer que João Pessoa, a primeira macro, ou o Estado não fez o seu papel de abrir leitos e que poderia está sobrecarregando outras regiões, é uma grande mentira que deve ser rebatida com toda veemência possível”, explicou.
Na 2ª macrorregião, que é polarizada por Campina Grande, João relatou que de agosto de 2020 até o domingo (7), mais 20 leitos de UTIs foram abertos e ressaltou que a responsabilidade do Estado está sendo cumprida.
“Na segunda macro, que é a região polarizada por Campina Grande, no dia 06 de agosto do ano passado nós tínhamos 119 UTIs e 225 leitos de enfermaria. Ontem, no dia 07 de março, somamos 139 leitos de UTI, porque o Estado trabalhou para ampliar os leitos da região e nós temos também 202 enfermarias, ou seja, a responsabilidade que o estado tem de aplicar leitos e levar segurança para a população, nós estamos cumprindo”, relatou.
Já no Sertão, que faz parte da 3ª macrorregião, o governador garantiu que serão abertos mais 28 leitos de UTIs, para atender as demandas de pacientes infectados pela Covid-19.
“Na terceira macro, que é a região do Sertão, nós tínhamos no dia 06 de agosto de 2020 56 UTIs e 79 leitos de enfermaria. Atualmente temos 57 leitos de UTI, 73 de enfermaria e a previsão, com as medidas que estamos adotando agora em Cajazeiras e em outros municípios, é que nós vamos chegar a 85 UTIs e 90 leitos de enfermaria”, afirmou.
De acordo com João Azevêdo, atualmente a Paraíba conta com 408 leitos de UTIs e que em breve serão abertos mais 40. O governador criticou a postura dos gestores que, conforme ele, vem disseminando “fake news” e pediu mais união, para que o Estado possa mais uma vez passar por esse momento difícil.
“Nós temos hoje 408 leitos e UTIs abertos e vamos chegar a 448. Não será através da disseminação de mentiras, fake news e aproveitamento políticos que nós vamos resolver essa situação. A Paraíba enfrenta a pandemia de uma maneira diferente. Acho que é hora de pensar nas pessoas que você ama, que quer bem e com saúde. Depois de um ano de muita luta a pandemia voltou a se agravar, e vai exigir de todos nós coragem, paciência, fé, determinação, para superarmos mais esse momento difícil, e devemos estar juntos e unidos. Somos um só Estado, um só povo e estamos no mesmo barco”, finalizou.