O ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça, Gilson Dipp, assumiu a defesa do ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) e entrou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para evitar que ele seja preso quando chegar ao Brasil. Ricardo está fora do país, de férias, e é procurado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).
Segundo apuração da Rede Correio Sat, o documento afirma que a prisão é desnecessária porque Ricardo não faz mais parte do governo há quase um ano, tendo até rompido com o atual governador e ficando sem poder de influência nas altas fileiras do Estado.
A defesa do ex-governador também declarou que Ricardo Coutinho é detentor da guarda unilateral do filho de nove anos, que tem transtornos psiquiátricos e depende exclusivamente do pai para o tratamento. Os advogados ainda contestam a competência do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) para decretar a prisão do ex-gestor.
A prisão de Ricardo foi decretada pela Justiça durante a sétima etapa da Operação Calvário, deflagrada na terça-feira (17) pela Polícia Federal. Ele é suspeito de chefiar um esquema de corrupção no Estado enquanto era governador. Outras pessoas que atuaram no Governo da Paraíba junto com Ricardo também são investigadas e algumas chegaram a ser presas.
O irmão do governador, Coriolano Coutinho, e Gilberto Carneiro, ex-procurador-geral do Estado, também recorrem ao STJ com pedidos de habeas corpus e aguardam distribuição dos processos na Corte Superior.