Pelo menos quatro familiares de uma bebê, de 4 meses de idade, que morreu por Covid-19 em Taperoá, no Cariri da Paraíba, foram internados em Campina Grande com suspeita de infecção pelo novo coronavírus. As internações aconteceram nos dias 17, 18 e 19 de abril.
No Hospital da Criança e do Adolescente foram hospitalizados uma mulher, de 32 anos. Ela é mãe de dois primos da bebê, meninos de 3 e 8 anos, que também são acompanhados na unidade hospitalar. Já no Hospital Pedro I, foi internado um homem de 60 anos, tio da criança.
Conforme a SMS, o estado de saúde dos quatro pacientes é estável. Eles aguardam pelos resultados dos testes para detecção do novo coronavírus.
A criança de 4 meses morreu após dar entrada no Hospital Geral de Taperoá ainda no sábado com sintomas de Covid-19, segundo a direção da unidade hospitalar. Como o quadro de saúde dela piorou, a menina precisou ser entubada, mas não resistiu e morreu no mesmo dia.
Segundo a Prefeitura, foi recomendado aos pais não realizar velório e entrar em isolamento social, porém, foi verificado que o corpo da bebê foi velado com caixão aberto e enterrado em um cemitério da cidade.
Corpos devem ser cremados ou sepultados sem velório
Segundo determinação da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), os corpos de pessoas que morreram por Covid-19 devem ser cremados ou sepultados sem a realização de velório, na Paraíba. A decisão foi tomada para evitar novas possíveis infecções.
Após a confirmação do falecimento de pessoa infectada ou com suspeita de infecção por Covid-19, o corpo deverá ser transferido do leito, sala ou espaço de isolamento, para o necrotério no menor tempo possível. Só será permitida a presença de profissionais estritamente necessários e que estejam protegidos por equipamentos de proteção individual (EPIs).
Para à família do paciente, é dada a permissão de optar pela cremação do corpo ou pelo enterro em caixão lacrado, sem velório, no prazo máximo de 24 horas após a morte.
A despedida poderá ser realizada pelos familiares, em ambiente aberto, no local do sepultamento, com o prazo máximo de 30 minutos e sem contato com a urna mortuária. O caixão deve ser mantido fechado durante o funeral, para evitar contato físico com o corpo.
Jornal da Paraíba