A decisão da CBF em ajudar os clubes das séries C e D, além das federações, com um aporte emergencial de R$ 19 milhões, teve um desfecho diferente na Paraíba. É que a Federação Paraibana de Futebol (FPF), tão logo foi informada que teria direito a R$ 120 mil como forma de pagar as contas na pandemia do novo coronavírus, acabou destinando toda a receita para os dez clubes da primeira divisão, além da arbitragem.
A divisão ficou assim: cada clube vai receber R$ 10 mil da CBF. Já os árbitros do quadro da Federação vão dividir os R$ 20 mil restantes. Vale lembrar que antes a FPF já havia isentado os clubes do pagamento de taxas de registro de atletas enquanto durar a pandemia no país.
A presidente Michelle Ramalho justificou a decisão de dividir o repasse da CBF para os clubes lembrando que eles precisam sobreviver. Apenas Botafogo-PB, Treze, Campinense, Atlético-PB e Auto Esporte, que disputa o Brasileiro Feminino da Série A-2, foram incluídos no pacote de R$ 19 milhões. Os clubes da Série C levam R$ 200 mil; os da Série D, R$ 150 mil; e o Auto vai embolsar R$ 50 mil.
– Importante que fique claro que essa doação que a CBF deu, de R$ 120 mil, foi para cada federação. Cada um faz o que quer. E a Federação Paraibana achou por bem ajudar os clubes, especialmente aqueles que não haviam recebido nada e agora têm alguma coisa – disse Michelle Ramalho.
Na nota assinada pela presidente, ela também justificou dizendo que “que a pandemia do Covid-19 atingiu todos os setores da sociedade brasileira, atingindo também o setor futebolístico, onde todos os seus atores: clubes, atletas e árbitros, dependem do efetivo espetáculo do futebol para sobreviver”, e ainda que “o trágico cenário que os clubes paraibanos também estão enfrentando com essa que é, de longe, a maior crise econômica que se tem notícia”.