A sobrinha da idosa que foi morta a tiros pelo marido disse, nesta segunda-feira (8), que o suspeito não queria que ela fizesse um tratamento de saúde em João Pessoa. A mulher acredita que essa tenha sido a motivação do crime. A Polícia Civil, no entanto, informou que familiares não relataram a possível motivação, mas confirmaram que a vítima era ameaçada pelo marido.
Maria Lucene Diniz Sarmento, de 68 anos, foi morta pelo próprio marido, na noite do domingo (7), em Santa Cruz, Sertão paraibano. Depois que cometeu o crime, o suspeito José Alves Sarmento, de 77 anos, tirou a própria vida com um tiro de espingarda na cabeça.
Segundo informações da Polícia Militar, a mulher estava dentro de casa, na sala, quando foi atingida com três tiros na cabeça. Ela morreu no local.
Alana Campos, sobrinha da vítima, informou também que a tia já havia iniciado um tratamento médico para a coluna na capital paraibana. Mas, com o início da pandemia de Covid-19, ele voltou para casa. O marido era contra o retorno.
“Ele não aceitava que ela ia embora e ia fazer esse tratamento”, relatou.
A sobrinha contou, ainda, que o suspeito não havia chegado a agredir a vítima durante os 53 anos de casamento. Mas a tratava com um modo ríspido.
“Ele era ignorante, aquela pessoa antiga, né? Nunca chegou a bater nela. Viviam tranquilos nessa questão. Mas tinha que ser tudo do jeito dele”, explicou.
De acordo com relatos da família à PM, o suspeito já vinha ameaçando a vítima há um tempo.
Alana também disse que o homem tinha armas em casa por causa das atividades do campo, como a matança de animais.
O crime foi descoberto quando um motorista foi até o sítio do casal. Do lado de fora havia a bagagem, mas a porta do imóvel estava fechada e ninguém respondia.
Após a desconfiança da família, um dos filhos do casal foi até o local e encontrou a mãe sem vida. Vítima e suspeito deixaram cinco filhos.