A indústria paraibana perdeu 2.354 postos de trabalho em um ano, segundo a Pesquisa Industrial Anual (PIA) Empresa 2018, divulgada nesta quinta-feira (18), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme o levantamento que apresenta informações sobre características estruturais das indústrias extrativas e de transformação, de 2017 para 2018, o estado registrou uma redução de 3,3% no total de vagas existentes nas empresas do setor com mais de cinco pessoas empregadas.
Apesar disso, no período de 10 anos, houve um aumento de 6,4% no total de pessoal empregado em empresas desses segmentos, que passou de 64.295, em 2009, para 68.413, em 2018, com um acréscimo de 4.118 trabalhadores exercendo essas atividades.
Ainda de acordo com o estudo, em 2018 a maioria dessas pessoas, cerca de 98,4%, estava empregada em indústrias de transformação. Já outros 1,6% trabalhavam nas extrativas. Em âmbito nacional, o número de empregados na indústria paraibana representa apenas 0,9% do total, sendo a 4ª maior participação percentual entre os estados do Nordeste.
Já em relação ao número de unidades industriais, a pesquisa constatou que houve uma redução de 4,4% no comparativo entre 2017 e 2018, o que representa 81 locais a menos. Em contrapartida, ao analisar um intervalo maior de tempo, de 2009 até 2018, o levantamento aponta para um crescimento de 18,8%, com 273 unidades a mais.
Em 2018, a preparação de couros e fabricação de artefatos com o material foi a atividade com maior participação no Valor da Transformação Industrial (VTI), que correspondeu a 25,8% do total. O VTI é uma aproximação do valor adicionado da indústria, que resulta da diferença entre o valor bruto da produção e os custos.
A segunda maior representatividade foi da fabricação de produtos alimentícios, de 13,7%; seguida pela fabricação de produtos minerais não metálicos, de 13,4%; e pela fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, de 9%, enquanto os outros 38,2% correspondem às demais atividades.