Jovem morta em Belém, PB, pediu medidas protetivas há 9 dias

As medidas protetivas pedidas por Rayssa de Sá, de 19 anos, não foram suficientes para impedir que fosse assassinada pelo ex-companheiro, o secretário de Comunicação de Belém, Betinho Barros, pediu medidas protetivas à Polícia Civil.

Ele solicitou medidas protetivas há nove dias. Ela foi assassinada com um tiro na cabeça por Betinho, que cometeu suicídio em seguida. Eles tinham uma filha e Rayssa também tinha outra filha de relacionamento anterior.

No documento, a estudante de Direito revelou série de ameaças recebidas pelo ex-marido. “Vou matar você e vou deixar sua filha sem mãe e sem pai, vou na sua universidade e pegar você lá. Estou vendendo os imóveis da casa para comprar uma arma e lhe matar.”, diz um trecho da denúncia feita na Policia Civil, no dia 13 deste mês.

No mesmo dia, a Justiça autorizou a medida protetiva com base na Lei Maria da Penha.

“No caso dos autos, a materialidade da violência doméstica resta demonstrada pelo próprio depoimento da vítima, o qual não pode ser desconsiderado em crimes desta natureza, consistindo essa constatação no fumus boni juris requerido para a concessão de medidas cautelares urgentes”, diz trecho do despacho.

Conforme informações do delegado da Polícia Civil, Luciano Soares, um oficial de justiça informou a Betinho que ele estava proibido de se aproximar de Raíssa, que estava morando em Guarabira na casa da avó para evitar contato com o ex-marido.

Na noite ontem, Raíssa estava em Belém na casa da mãe quando o crime aconteceu. A polícia está investigando como Betinho conseguiu entrar na casa onde ela estava. “Devido a comoção muito grande de ontem não conseguimos na hora pegar essas informações, mas estamos investigando para saber como ele entrou lá e se havia mais alguém na casa na hora do crime”, disse Luciano Soares.

Denuncie

Se você sofre ou presenciou algum tipo de violência contra as mulheres, denuncie. Em caso de emergência, a mulher ou alguém que presencie alguma agressão, pode pedir ajuda por meio do telefone 190, da Polícia Militar.

Na Paraíba, as denúncias podem ser feitas também em qualquer uma das Delegacias da Mulher (Deam) espalhadas em todas as regiões, além do plantão 24 horas na Deam Sul de João Pessoa, que funciona na Central de Polícia.

Além desses locais, o denunciante poderá utilizar os telefones 197 (Polícia Civil), 190 (Polícia Militar, para chamado de urgência) ou o 180 (número nacional de denúncia contra violência doméstica). Outra opção é fazer um registro da denúncia através da delegacia online no endereço: www.delegaciaonline.pb.gov.br

Denúncias de violência contra mulheres também podem ser feitas pelo WhatsApp. Para isso, basta enviar uma mensagem para o número (61) 9610-0180 pelo aplicativo ou pelo link https://wa.me/556196100180?text=oi.

Com informações de Sony Lacerda


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