“Vou até o fim”. A declaração é da vice-governadora da Paraíba, Lígia Feliciano, ao falar sobre a possibilidade de disputar o Governo do Estado este ano, durante entrevista à Rádio CBN. Filiada ao PDT, de Ciro Gomes, Lígia tem defendido a formação de um ‘palanque duplo’ de centro-esquerda.
A tese tem como fundamento a aliança entre partidos como o PT, PC do B, PSB e PDT, com parte da chapa apoiando o ex-presidente Lula (PT) e parte Ciro Gomes – na disputa presidencial.
“A gente pretende fazer um palanque duplo na Paraíba. Não vejo maiores problemas em unir”, defendeu.
Esse tipo de ‘engenharia’ não será única no Estado.
A perspectiva é de que partidos de esquerda formem palanques duplos em pelo menos 10 Estados, conforme reportagem de O Globo. No campo conservador, a realidade também não deverá ser diferente. Com partidos do ‘Centrão’ esse tipo de costura já é uma regra desde sempre.
Na prática, as questões ideológicas e divergências internas abrem espaço para o pragmatismo político.
No caso de Lígia, a vice quer manter-se no ninho pedetista, mas não abre mão da possibilidade de receber dividendos de Lula em torno de seu nome.
Com informações de João Paulo Medeiros