Na Paraíba, mais de 22 mil famílias fazem parte da demanda reprimida do Bolsa Família e do Auxílio Brasil, benefícios de inclusão social ofertados pelo governo federal. Essa demanda é composta por famílias que têm direito, mas não recebem a transferência de renda. Os dados foram divulgados pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) na última quarta-feira (4).
De acordo com o estudo, em fevereiro de 2022, 22.470 mil famílias paraibanas estavam dentro da demanda. O número de famílias na fila de espera teve um aumento de 144,2% em relação ao mês de janeiro do mesmo ano.
O CadÚnico é o principal instrumento para a seleção e inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais, de uso obrigatório para cadastro no Bolsa Família e no Auxílio Brasil. Os dados do CadÚnico precisam ser atualizados de dois em dois anos, pois qualquer mudança pode causar a suspensão ou bloqueio de benefícios.
Com a migração do Bolsa Família para o Auxilio Brasil em novembro de 2021, o benefício passou a ser direcionado também a jovens de 18 a 21 anos incompletos, ampliando a cobertura e o número de famílias com perfil para o programa. Apesar de estarem cadastrados no CadÚnico e possuírem perfil para participar do programa social, não recebem, formando uma fila na demanda reprimida.
Em 2021, o orçamento total de mais de R$16 bilhões foi utilizado, e mesmo assim, muitas famílias continuam sem ganhar a renda de direito. O orçamento previsto para 2022 é de mais de R$ 89 bilhões, mas segundo o levantamento feito pelo CNM seria necessário R$ 92 bilhões para zerar o déficit.