Apesar das recomendações de higiene feitas pelos órgãos de saúde desde o início da pandemia, relatório divulgado nesta segunda-feira (22) pelo Instituto Trata Brasil aponta que 21,7 milhões brasileiros não têm acesso à coleta de esgoto nas 100 maiores cidades do país e 5,5 milhões, à água potável.
De acordo com o “Ranking do Saneamento”, o Brasil não trata metade do esgoto que gera e, com isso, joga na natureza o equivalente a 5,3 mil piscinas olímpicas de detritos sem tratamento diariamente.
Entre os 100 maiores municípios do país, os indicadores foram melhores do que a média nacional, mas continuam longe do ideal. Essas cidades investiram juntas 50% de tudo o que o país aportou em infraestrutura de água e esgoto.
Entre 2012 e 2019, a população com acesso à rede de água no país registrou leve aumento de 82,7% para 83,7%, assim como nas 100 maiores cidades (de 93,45% com acesso para 93,51%).
Em relação à população com rede de esgoto, o percentual foi de 48,3% para 54,1% no período. Nos 100 maiores municípios, a variação foi de 69,39% em 2012 para 74,47% em 2019.
Ranking do saneamento nas 100 maiores cidades do país:
- População total: 85.372.253.
- População atendida com abastecimento de água: 79.827.359.
- População total sem acesso à água potável: 5.544.894.
- População total atendida com esgotamento sanitário: 63.575.288.
- População total sem acesso à coleta de esgoto: 21.796.965.
10 melhores cidades em saneamento básico
- Santos (SP)
- Maringá (SP)
- Uberlândia (MG)
- Franca (SP)
- Limeira (SP)
- Piracicaba (SP)
- Cascavel (SP)
- São Paulo (SP)
- São José do Rio Preto (SP)
- Suzano (SP)
10 piores cidades em saneamento básico
- Macapá (AP)
- Porto Velho (RO)
- Ananindeua (PA)
- São João de Meriti (RJ)
- Belém (PA)
- Santarém (PA)
- São Gonçalo (RJ)
- Duque de Caxias (RJ)
- Rio Branco (AC)
- Belford Roxo (RJ)
Valor Econômico