A pessoa que primeiro recebeu o plasma convalescente como forma de tratamento da Covid -19 no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande morreu neste domingo (14). O médico Ricardo Passos era plantonista que atuava nas Unidades de Terapia Intensiva para tratamento do coronavírus.
A doação do plasma aconteceu no dia 28 de maio. O médico tinha 43 anos e estava internado há quatro dias, tendo sido intubado e colocado sob ventilação mecânica dois dias antes, devido a um agravamento no quadro respiratório.
O plasma foi procedente do Hemocentro da Paraíba, que, em parceria com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), por meio da professora Daniele Idalino Janebro, farmacêutica com especialização em hematologia, vem trabalhando no enfrentamento da Covid-19, com a participação de seis hospitais de João Pessoa e um em Campina Grande.
De acordo com a hematologista do Trauma de Campina Grande, Rosivania Mota, essa não é uma terapia padrão para os pacientes graves com a Covid-19, uma vez que implica em riscos imediatos e futuros para os pacientes, por isso se trata de um ato médico, sob a responsabilidade do médico responsável pela administração, em conformidade com a Nota Técnica Nº 21 da Anvisa, sendo necessário uma série de documentação legal para liberação e acompanhamento assíduo dos pacientes. Essa terapia tem sido usada ao longo dos últimos 20-30 anos em situações emergenciais.
Segundo a médica, a maior dificuldade para essa terapia tem sido a seleção dos doadores do plasma convalescente que não tem sido muito, por isso atualmente não existem muitas unidades de plasma para ser utilizado.
Com G1-PB