O vice-presidente da República, Hamílton Mourão, evitou falar sobre o futuro do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, que corre o risco de ser demitido do cargo, ainda nesta segunda-feira (15), pelo presidente Jair Bolsonaro.
Mourão elogiou as qualidades do militar, mas admitiu que o país vive uma “situação muito difícil”.
“A realidade é que a gestão do Pazuello vem sendo muito criticada, muito contestada. Pazuello tem demonstrado a resiliência que eu sei que ele tem […]. Eu tenho muita confiança no Pazuello, eu o conheço há muito tempo. Agora é uma situação muito difícil pela característica do nosso país, pela característica desse vírus, pela forma como o país encarou isso aí tudo”, afirmou.
A pressão pela saída de Pazuello aumentou no final de semana, depois que o Centrão, bloco que partidos que dá suporte ao Palácio do Planalto dentro da Câmara dos Deputados, iniciou uma campanha para substituir o chefe da Saúde. A razão é a condução da crise nos hospitais do país e a disseminação do coronavírus no país.
Logo depois de dizer que não conversou com Pazuello, Mourão enfatizou o comportamento da população, que não colabora com as medidas de distanciamento social e, assim, ajudam a agravar a pandemia no Brasil.
“A nossa população não gosta de respeitar regras. Não é da natureza do nosso povo, [que é] mais libertário, gosta de circular pelas ruas, gosta de fazer festa e, no momento em que você tem que passar dois, três meses sem poder usufruir desses prazeres da vida, são poucos que os aguentam”, explicou.