MPF solicita perda do mandato de vereador suspeito de fraude na merenda em Campina Grande

O Ministério Público Federal (MPF) apresentou as alegações finais no processo da ‘Operação Famintos’ que investiga fraudes em licitações e desvios na merenda escolar de Campina Grande. No documento, o MPF solicitou a perda do mandato do vereador de Campina Grande Renan Maracajá (PSDC), caso ele seja condenado a uma pena superior a quatro anos de prisão. No mesmo pedido, o órgão requer ainda a condenação dos 16 denunciados na operação.

O advogado do vereador, Rodrigo Lima, reforçou a inocência de Renan Maracajá. Ele disse, que assim como o MPF, também apresentará as alegações finais da defesa do parlamentar para a Justiça.

“Requer o MPF que, em caso de aplicação de pena privativa de liberdade superior a 4 (quatro) anos, seja determinada a perda do mandato eletivo atualmente ocupado pelo réu”, explica o MPF na solicitação.

O MPF argumenta que o vereador seria o administrador de uma das empresas investigadas por participação em licitações supostamente fraudadas.

MPF argumenta que o vereador seria o administrador de uma das empresas  investigadas por participação em licitações supostamente fraudadas — Foto: MPF/Reprodução
MPF argumenta que o vereador seria o administrador de uma das empresas investigadas por participação em licitações supostamente fraudadas — Foto: MPF/Reprodução

Operação Famintos

A Operação Famintos investiga fraudes em licitações para a distribuição da merenda escolar em Campina Grande. No total, 16 pessoas já foram denunciadas pelo Ministério Público Federal. A operação já teve três fases, sendo a última delas deflagrada no dia 26 de setembro deste ano.

Na segunda fase da Famintos, quando o vereador Renan Maracajá foi preso, a operação teve como objetivo ampliar a desarticulação do núcleo empresarial da organização criminosa, responsável pela criação de “empresas de fachada”, utilizando-se de pessoas que tinham consciência de suas situações na condição de “laranjas”.

Já a primeira fase da Operação Famintos foi deflagrada no dia 24 de julho, com o cumprimento de 67 mandados de busca e apreensão em órgãos públicos e nas residências, escritórios e empresas dos investigados, além de 17 mandados de prisão.

Jornal da Paraíba


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