Hoje vivemos tempos relativamente difíceis, quando se trate de ser. É mais prático ter, porque o ter se compra, se troca, e se vende. Enquanto o ser não, custa ser, é difícil ser, mais o ser é “eterno”.
Com o advento das redes socias, todos querem de alguma forma um lugar, chamar a atenção para o próprio vazio, e isso não é ruim, o é, quando aliena o ser. O que é mostrado, é somente a parte de um todo. É preciso atravessar-se, despojar-se de tudo aquilo que inventaram para mim e para você.
O ser é uma construção, não se dá em um passe de mágica. Ser autentico hoje, é difícil, em um tempo em que se tornou “moda” viver de aparências e mascaras. Quem sou eu, quem é você?
O tempo presente é um tempo solúvel, em que tudo se dissolve, inclusive a nossa subjetividade, e isso é um perigo. Com o passar dos dias, tudo se agrava, tudo se torna uma mentira, e quem viverá de verdade? Quem ousará ser na sua essência?
E você, você é, ou você tem?