Um estudante de 19 anos é investigado pela Polícia Civil suspeito de incitar massacres em escolas da Paraíba. Nesta terça-feira (8), foi deflagrada a operação “Pessinus”, que cumpriu três mandados de busca e apreensão em João Pessoa. A ação policial, coordenada pelo Ministério da Justiça, também cumpriu mandados em São Paulo.
Na capital paraibana, os alvos da operação foram as residência do estudante, no bairro Valentina de Figueiredo, e também de familiares dele. Durante a ação, foram apreendidos um celular e materiais utilizados para fazer apologia a crimes violentos.
De acordo com o delegado João Ricardo, da delegacia especializada em crimes cibernéticos, em João Pessoa, a operação iniciou com o trabalho do Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGaeco) do Ministério Público de Santa Catarina. A investigação identificou perfis em redes sociais que demonstravam a intenção de cometer atos violentos contra pessoas, incluindo estupros e mutilações e massacres em escolas. Nessas contas também foram observados o culto e o enaltecimento a símbolos ligados ao nazismo.
Conforme o delegado, o material apreendido em João Pessoa será periciado e os envolvidos devem ser responsabilizados.
Segunda fase
Essa é a segunda fase da operação Pessinus, que tem o objetivo de combater crimes de constrangimento ilegal, ameaça, violência psicológica contra a mulher, estupro de vulnerável, apologia de crime ou criminoso, bem como incitação à discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, todos praticados na internet.
Pessinus – o nome da operação faz alusão a cidade que serviu de sepultamento ao semideus Átis, da mitologia grega. De acordo com a mitologia, Átis acabou enlouquecendo e se automutilando como forma de expiação ou como parte de rituais religiosos. Ele foi morto e seu túmulo está na cidade de Pessinus, simbolizando, dessa forma o fim da automutilação e reforçando o objetivo da operação em garantir a segurança e o bem-estar de crianças e adolescentes.