Operação ‘Maria da Penha’ prende investigados por violência doméstica e familiar na PB

Pelo menos 23 pessoas foram presas no início da manhã desta segunda-feira (8) em várias cidades da Paraíba, em uma operação que visa combater a violência doméstica e familiar. A operação “Maria da Penha” acontece um dia depois que a Lei Maria da Penha completa 16 anos, e a data também marca os três anos de funcionamento da Patrulha Maria da Penha na Paraíba.

Segundo o comandante-geral da Polícia Militar da Paraíba, coronel Sérgio Fonseca, a operação tem mais de 30 alvos, em cidades variadas, e conta com um conjunto de forças integradas de segurança para realizar a prisão das pessoas investigadas por violência doméstica e familiar, com mandados de prisão expedidos.

“A identidade desses alvos é feita através de um trabalho investigativo e essa operação é mais uma resposta que a gente dá à população, justamente em uma data tão emblemática como é a dos 16 anos da Lei Maria da Penha”, explica a delegada Sileide Azevedo, coordenadora das Delegacias Especializadas da Mulher (DEAMs).

Conforme a capitã Gabriela Jácome, da Patrulha Maria da Penha, para que a Lei Maria da Penha seja ainda mais eficaz, é importante que as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, ou pessoas que conheçam estas mulheres, procurem a rede de apoio às vítimas e façam denúncias.

“Algumas mulheres não se reconhecem no ciclo de violência e outras têm determinantes que dificultam na hora da denúncia, por isso é importante a integração dentro da Patrulha Maria da Penha. Nossa equipe multiprofissional consegue identificar estes casos e fazer os encaminhamentos das vítimas para os serviços de assistência social, psicologia, entre outros”, explica.

A capitã ainda orienta às mulheres que caso estejam em uma situação de violência, que procure um Centro de Referência da Mulher, que é um local de orientação e acompanhamento. “Lá não é uma denúncia, não é pra prender, é um espaço para que ela seja orientada sobre a melhor coisa a se fazer, para que a gente entenda a situação e, se for o caso, até pedir medidas protetivas. Nosso objetivo é proteger as mulheres”, diz.

Para denunciar, é possível entrar em contato com a patrulha de várias formas. “Na hora em que ocorre a violência, o número é o 190, da Polícia Militar, que manda uma equipe para o local. Se a pessoa tem conhecimento de vizinha ou amiga que sabe que está vivendo esta situação e não tem coragem de procurar os canais, pode procurar o 197, Disk Denúncia da Polícia Civil, e também os serviços de proteção, como os Centros de Referência da Mulher”, completa Mônica Brandão, coordenadora do programa Patrulha Maria da Penha.