Seis mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nesta sexta-feira (16), durante a segunda fase da operação Mercador Fenício, que desarticulou organizações criminosas voltadas para o contrabando de cigarros e lavagem de dinheiro, na Paraíba. De acordo com a Polícia Federal, nas duas fases da operação houve sequestro de bens móveis e imóveis e bloqueio de R$ 1 bilhão dos investigados.
A primeira fase da operação aconteceu no dia 10 de novembro, nas cidades de João Pessoa, Cajazeiras, Sousa, Catolé do Rocha, Patos e Sumé, na Paraíba, e também nos estados do Maranhão, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Goiás, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Não foram divulgados os lugares da operação desta sexta, mas os detalhes vão ser informados em uma entrevista coletiva, prevista para às 10h.
As investigações constataram que os crimes vinham sendo praticados há aproximadamente dez anos, a partir da identificação e mapeamento das atividades tanto operacionais, quanto financeiras dos grupos criminosos. Os investigados poderão responder pelos crimes de contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa e evasão de divisas, com pena máxima de 29 anos de reclusão, se somados todos os crimes.
O coordenador-geral de Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal, delegado Cléo Mazzotti, declarou, quando da primeira fase, que a operação representa uma importante vitória das forças policiais brasileiras contra uma quadrilha que vinha atuando e se fortalecendo em todo o Nordeste porque quebra diversos eixos da organização.
O nome da operação, “O Mercador Fenício”, faz uma alusão aos mercadores fenícios que buscavam novas rotas para seus produtos, o que remete à característica de atuação das organizações criminosas que utilizavam embarcações para o transporte de produtos ilícitos, buscando o mercado do nordeste e passaram a dominar a distribuição de cigarros ilegais na região.