Posicionamento neutro de Pedro Cunha Lima e os ensinamentos de Maquiavel – Por Júnior Campos

Em conversa com a imprensa na manhã dessa terça-feira (04) o deputado federal Pedro Cunha Lima, candidato ao Governo do Estado pelo PSDB, evitou tomar partido sobre a disputa entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e ex-presidente Lula (PT) no segundo turno das eleições deste ano.

Com o discurso de manter o foco na Paraíba, ignorando a disputa presidencial, Pedro preferiu a neutralidade. Certamente ele pensa em atrair eleitores dos dois campos; da esquerda e da direita. O que considero ser uma tarefa difícil. Não consigo enxergar Lulistas votando em Pedro.

Mas, voltando a questão da neutralidade, Maquiavel em sua obra “o príncipe”, sugere que o político tome partido e evite ficar em cima do muro. Isso porque segundo o filósofo; é muito mais vantajoso se posicionar a favor de um ou contra o outro, do que a neutralidade. Maquiavel é direto quando diz que; “tirarás sempre um maior proveito assumindo claramente uma posição e tomando parte no conflito”. Ele ainda explica que: “Quem vence não deseja alianças suspeitas que não se solidarizam na adversidade, quem perde não te dá guarida por não haveres aceito, em posse de armas, correr a sua sorte.” Numa interpretação livre, Maquiavel considera que o Presidente que ganhar não buscará aproximação com Pedro, uma vez que nos momentos difíceis da campanha ele se manteve neutro, evitando lhe defender no conflito. Por outro, quem perde, não o dará atenção, observando que ele não esteve no campo de batalha, no momento mais necessário.

Ainda sobre esta temática, Alberto Carlos Almeida, no livro a cabeça do eleitor, considera que; “a pior coisa que pode acontecer para um candidato é a falta de clareza na imagem.” Ele cita isso ao destacar que o político precisa ter uma imagem clara diante do eleitorado acerca do seu posicionamento diante do governo; é oposição ou é situação. No caso aqui tratado, é importante para o eleitor Paraibano saber de que lado Pedro está.

Na política, essa neutralidade é mesmo algo ruim, que como bem diz Maquiavel, pode levar o político à ruína.

Como ainda há tempo, Pedro pode mudar de opinião e assumir um dos lados. O que não será novidade se seu candidato for Bolsonaro.

Júnior Campos

Paraibano, graduado em letras, especialista em Assessoria em Comunicação e Marketing Político, consultor em comunicação política e governamental na Assessoria1, membro da ABCOP, realiza palestras, treinamentos, cursos e oficinas no campo da comunicação, com experiências em campanhas municipais e estaduais.

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