Falar em jejum é exagero e até injustiça pelo retrospecto, mas uma estatística é inevitável: Gabigol igualou sua pior série sem gols sob o comando de Jorge Jesus. Ao passar em branco no Fla-Flu decisivo da Taça Rio, o camisa 9 completou três jogos em ir às redes. Marca que serve de motivação e aumenta a responsabilidade do já artilheiro do Carioca para a decisão.
Goleador da Copa do Brasil três vezes, do Brasileirão duas e da Libertadores uma, Gabigol fica com o posto em um estadual pela primeira vez na carreira. Caso volte a marcar em um dos dois jogos finais contra o Fluminense, se isola na condição de artilheiro, que divide com João Carlos, do Volta Redonda – ambos têm oito gols.
Gabigol com Jorge Jesus
- 46 jogos
- 40 gols
É bom frisar que a falta de gols está longe de representar queda de rendimento individual para o atacante. Se não balançou as redes, foi garçom dos companheiros com quatro assistências, duas contra o Bangu e duas contra o Volta Redonda. Bruno Henrique foi o mais beneficiado, com três passes decisivos – o outro foi para Pedro Rocha.
Sob o comando do Mister, Gabriel ficou três jogos consecutivos sem fazer gol apenas uma vez: contra o Santos, pela última rodada do Brasileirão, e diante de Al Hilal e Liverpool no Mundial de Clubes. Com Jorge Jesus, foram incríveis 40 gols marcados em 46 jogos. O último aconteceu diante do Barcelona de Guayaquil, dia 11 de março, pela Libertadores.
Se pegarmos o retrospecto com Abel Braga, fica ainda mais evidente como que Gabigol subiu de produção com o português. Ao chegar ao Flamengo, o atacante ficou cinco jogos sem fazer gols, depois passou ainda por secas de três e quatro partidas com o antigo comandante.
Números que deixam claro o sucesso da parceria com o Mister e enchem o torcedor rubro-negro de esperança. Ficar três jogos em branco é demais para um artilheiro que aprendeu a ser garçom, mas vai com fome de gol para as finais contra o Fluminense nos próximos domingo e quarta-feira.