O Ministério Público da Paraíba (MPPB) iniciou, nesta quinta-feira (11), uma investigação contra o prefeito de Pombal, Abmael de Sousa Lacerda, mais conhecido por Doutor Verissinho. A ação apura um suposto discurso discriminatório e falas preconceituosas e injuriosas sobre pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Além de Verissinho, uma servidora da Unidade de Prontoatendimento (UPA) do município também é investigada. De acordo com a promotora de Justiça, Rebecca Braz de Melo, o prefeito terá um prazo de 15 dias para se manifestar. Nesse mesmo período, a Secretaria Municipal de Saúde deverá apresente informações sobre a identificação da servidora da UPA e as providências adotadas para apurar o caso.
“O discurso discriminatório, para além da dor, sofrimento e abalo psicológico que causa aos indivíduos diretamente atingidos, inegavelmente, provoca injusta lesão à esfera moral da comunidade discriminada, causando um dano moral coletivo, que deve ser reparado”, disse Rebecca.
Entenda
Durante uma solenidade, Doutor Verissinho, afirmou que ter filhos com autismo é uma infelicidade. Após a repercussão negativ da fala, a servidora, também investigada, saiu em defesa do prefeito e classificou ow autistas como “doidos”.
“O mundo hoje está cheio de besteira. Um menino autista é um menino doido, e quem quer um menino doido? É infelicidade, não é felicidade não, é infelicidade mesmo”, disse em uma conversa no whatsapp.