Com o futebol inativo no país, as notícias no Botafogo-PB se resumem muito mais aos bastidores. No início da semana, o embate político entre situação e oposição ganhou novamente mais força. A principal novidade foi o posicionamento do ex-vice de futebol do clube, Breno Morais, de que quer participar do próximo processo eleitoral do clube como oposição à atual gestão, comandada por Sérgio Meira. O mandatário botafoguense, no entanto, despistou sobre ser candidato à reeleição.
– Temos muitas coisas para resolver daqui para lá. Estamos vivendo uma crise, mas atravessando ela com tranquilidade. O foco é na gestão – disse Sérgio Meira, sem garantir que vai participar das próximas eleições, marcadas sempre para o mês de outubro dos anos pares.
Em seu segundo ano do primeiro biênio de sua gestão à frente do clube, Sérgio Meira nunca foi uma grande força política dentro clube, onde era considerado um importante nome de conciliação no xadrez político do Botafogo-PB nos último anos, mas sempre ocupando cargos com menor protagonismo.
O dirigente fazia parte do grupo político liderado por Breno Morais há alguns anos, e, quando vários diretores do clube paraibano, dentre ele Breno Morais, viraram réus por supostamente integrarem um esquema de manipulação de resultados no futebol paraibano em 2018, Sérgio foi alçado a presidente do clube na eleição daquele anos sob as bênçãos de Breno.
Em 2019, a relação de Sérgio com Breno acabou se estremecendo por conta de várias discordâncias sobre aspectos de gestão do clube e do departamento de futebol, desde 2008 comandado por Breno Morais (com exceção do ano de 2012).
Em dezembro do ano passado, a divisão no clube, simbolizada nos dois nomes, ficou ainda mais evidente, na ocasião de uma grande discussão entre os dirigentes em um grupo de sócios do clube no WhatsApp, com acusações sérias de parte a parte.
Na última segunda-feira, no programa Microfone Aberto, da Rádio Tabajara, os dois voltaram a trocar farpas. Ocasião em que Breno Morais revelou que a oposição do clube deve ter candidatura nas próximas eleições.
Atualmente Breno está banido do futebol pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), por conta de supostas manipulação de resultados. O dirigente, ao lado de outros diretores do clube, respondem também criminalmente na Justiça Comum, mas até agora ninguém foi julgado em processos da Operação Cartola.
Globoesporte