O Censo 2022, divulgado nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou um aumento significativo na proporção de paraibanos que vivem em domicílios alugados. Em 2022, 752.523 pessoas residiam em 277.844 domicílios nessa condição, representando 19% da população do estado e 20,3% do total de domicílios particulares permanentes ocupados (DPPOs).
Os dados mostram uma alta de 3,4 pontos percentuais (p.p.) na proporção de moradores em imóveis alugados e de 3,2 p.p. no percentual de domicílios nessa categoria em comparação ao Censo de 2010, quando esses números eram de 15,6% e 17,1%, respectivamente. Apesar do crescimento, a Paraíba apresenta a 11ª menor taxa do país nessa condição, inferior à média nacional (20,9%), mas acima da média regional do Nordeste (16,8%).
Além disso, o levantamento apontou uma redução na quantidade de pessoas e domicílios cedidos ou emprestados, ou seja, imóveis ocupados sem pagamento de aluguel com autorização do proprietário. Em 2022, 217.953 pessoas (5,5% da população) e 78.379 domicílios (5,7% do total) se enquadravam nessa categoria. Esses números representam uma queda de 3,4 p.p. e 3,1 p.p., respectivamente, em relação aos percentuais registrados em 2010.
A maioria dos imóveis cedidos ou emprestados na Paraíba eram disponibilizados por familiares (4,1%), enquanto empregadores e outras formas de cessão representaram percentuais menores, de 0,8% e 0,6%, respectivamente.
Os dados refletem mudanças no perfil habitacional do estado, indicando um crescimento da demanda por aluguel e uma redução de arranjos familiares ou profissionais para cessão de moradias.