O Santos não pagou ao Krasnodar, da Rússia, a primeira parcela referente à compra do meia Cueva, que deixou o clube de maneira forçada no início deste ano rumo ao Pachuca, do México.
Matheus Rodrigues, membro do Comitê de Gestão do Peixe, alega que o clube “trabalha em conjunto” com o clube russo, que teria aceitado que o Santos entrasse na Justiça cobrando uma indenização do Pachuca por ter fechado com o peruano.
O acordo do Santos pela compra de Cueva envolve três parcelas anuais (2020, 2021 e 2022) de um total de 7 milhões de dólares (pouco mais de R$ 36 milhões, na cotação atual).
– Todo mundo sabia que a parcela venceria hoje. Não pagamos porque estamos trabalhando em conjunto com o Krasnodar… Eles aceitaram que a gente entrasse na Justiça. É um trabalho em quatro mãos, até seis, com o jurídico dos dois clubes. Estamos aguardando resposta da Fifa para que a gente seja indenizado. Não pagamos nada – disse Matheus Rodrigues, em entrevista à Rádio Ômega.
Contratado em fevereiro de 2019, Cueva passou o primeiro ano na Vila Belmiro vinculado por empréstimo, que venceu no dia 30 de janeiro – dois dias antes, porém, ele parou de se apresentar no CT Rei Pelé.
O acordo com Cueva previa esse contrato de empréstimo que se tornaria um vínculo definitivo logo em seguida, quando o Santos iniciaria o pagamento ao Krasnodar em três parcelas anuais. Um pré-contrato assinado por Cueva garantia a operação.
Cueva, porém, jamais assinou o contrato definitivo, o que impediu o Santos de registrá-lo ao final de janeiro e fez com que a Fifa liberasse o atleta a ser registrado pelo Pachuca.
O Santos quer indenização porque entende que Cueva descumpriu o pré-contrato. Como pretende pedir pelo menos a mesma quantia que se propôs a pagar (7 milhões de dólares), a ideia é abater a dívida com o Krasnodar pela compra do jogador usando esse dinheiro. Há, ainda, a possibilidade de a Fifa obrigar os mexicanos a pagarem mais.
A indenização terá valor definido pela Fifa, mas o Santos espera ganhar no mínimo o mesmo valor a ser pago ao Krasnodar. Numa situação hipotética mais favorável ainda ao Santos, o valor poderia chegar até a multa contratual do jogador (US$ 100 milhões).
O peruano decepcionou não só financeiramente no Peixe. Ele entrou em campo em 16 partidas, não marcou gols e nem deu assistências, além de ter se envolvido em polêmicas.