“Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano”. É um mês alusivo a esta campanha que promove, ou deve promover a vida, e não meramente prevenir o suicídio. Afinal, não existe forma melhor de prevenir o suicídio, do que promover a vida e a beleza que é assumir a grandeza de quem se é.
Aqui não quero discorrer meramente sobre o Setembro amarelo, penso que já estamos “craques” nisso. Quero chamar atenção para um profissional em especifico que trabalha durante todos os dias do ano praticamente, nesta campanha de prevenção ao suicídio, que é o psicólogo. O mesmo, dedica sua vida, para ouvir aquilo que no sujeito está por traz da ideação suicida.
Sim, a campanha é muito válida, e tem seus próprios objetivos, mas, uma frase de “não desista da sua vida”, não dá conta da dor que atravessa o sujeito em sofrimento. Para ouvir e ajudar a escoar essa angústia do sujeito, está o psicólogo. O mesmo é habilitado para ouvir, e manejar a demanda do sujeito.
A pessoa não quer morrer, ela quer apenas por fim a dor que a atravessa. Freud em sua obra diz que, ninguém deseja morrer, afinal ninguém nunca foi e voltou para dizer como é morrer. O que a pessoa deseja é escoar a dor que está dentro dela. E quantas vezes nós trazemos conosco algo parecido, não é? Segundo Freire (2012) “a dor é um acontecimento de corpo, é metáfora da unidade corpo/psiquismo, como demonstrou Marcos Creder (2002), em um importante estudo sobre a dor, no qual analisa alguns casos de migração da dor: do psíquico para o físico e do físico para o psíquico. Somente no nível da dor pode-se experimentar toda a dimensão do organismo, toda a dimensão de se ter um corpo e a dimensão trágica da existência”. E é neste transito entre corpo e mente que a dor oscila muitas vezes ocasionando a “idéia” de que a única solução é tirar a própria vida.
E sim, você pode ajudar alguém que sofre subjetivamente, indique para ele um psicólogo!