Um sistema de esterilização foi desenvolvido pelo Laboratório de Referência em Dessalinização (Labdes) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). De acordo com o laboratório, o BioEsterilizador vai contribuir com a segurança de vida de profissionais da saúde envolvidos no combate ao novo coronavírus.
Segundo o Labdes, a solução visa esterilizar ambientes e pessoas, criando um mecanismo de proteção nos hospitais, clínicas e laboratórios. “O calor é a fonte primária, ativando as moléculas de uma solução aquosa para o estado gasoso, que, por conter componentes que contribuem para a esterilização, atacam o vírus”, explicou o pesquisador Kepler França.
De acordo com o coordenador do laboratório, a literatura científica afirma que o coronavírus possui uma camada protetora de lipídios e o calor da vaporização da solução aquosa, associado às atividades dos seus potenciais químicos, contribuirá para dissolver essa proteção e decompor o vírus.
“O vapor gerado pelo sistema a aproximadamente 70°C não põe em risco a saúde e nem o meio ambiente, quando a vaporização é realizada. A proposta é que todas as pessoas e, também, as ambulâncias passem pelo BioEsterilizador ao entrar e sair das unidades hospitalares. Assim, digamos, combatendo nessa porta de contágio, reduziremos, imensamente, a propagação do vírus”, disse.
Conforme os pesquisadores, o custo de implantação, a operacionalização e a manutenção do sistema é relativamente baixo e se justifica pelos enormes benefícios apresentados, especialmente, a proteção ao meio ambiente. O sistema também poderá ser modelado para utilização em outros equipamentos médicos e hospitalares.
De acordo com o Labdes, foi feito contato com um dos hospitais públicos de Campina Grande para um experimento amplo do BioEsterilizador. A previsão do experimento ainda não foi divulgada.
Jornal da Paraíba