‘Verdade foi dita, exposta em vídeo’, diz Moro após divulgação de reunião ministerial

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro comentou em uma rede social, nesta sexta-feira (22), a divulgação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril.

“A verdade foi dita, exposta em vídeo, mensagens, depoimentos e comprovada com fatos posteriores, como a demissão do Diretor Geral da PF e a troca na superintendência do RJ. Quanto a outros temas exibidos no vídeo, cada um pode fazer a sua avaliação”, publicou Moro.

A gravação da reunião entre o presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão e outras 23 autoridades foi tornada pública nesta sexta por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello. Apenas dois trechos com citações a outros países foram mantidos em sigilo.

Horas depois, Moro usou a rede social para responder a uma fala de Jair Bolsonaro. Na porta do Palácio da Alvorada, o presidente negou que tivesse pedido interferência ou blindagem em investigações. Segundo o presidente, o pedido foi para evitar que a polícia do Rio fizesse chantagem com a família – um pedido que, segundo Bolsonaro, não foi atendido.

Moro compartilhou um trecho da entrevista. Bolsonaro diz:

“O tempo vivendo sob tensão, né, possibilidade de busca e apreensão na casa de filho meu, onde provas seriam plantadas. Levantei, graças a Deus tenho policiais civis e policiais militares no Rio de Janeiro, que tava sendo armado pra cima de mim. ‘Moro, nao quero que me blinde, mas você tem a missão de não deixar eu ser chantageado’. Nunca tive sucesso para nada, é obrigação dele me defender. Não é me defender de corrupção, de dinheiro no exterior. Não. É defender o presidente para que ele possa trabalhar, possa ter paz.”

Na resposta em rede social, Moro diz:

“Não cabe também ao Ministro da Justiça obstruir investigações da Justiça Estadual, ainda que envolvam supostos crimes dos filhos do Presidente. As únicas buscas da Justiça Estadual que conheço deram-se sobre um filho e um amigo em dezembro de 2019 e não cabia a mim impedir.”

CNN