Os pequenos negócios da Paraíba, pelo terceiro mês consecutivo, registraram maior abertura de vagas de trabalho com carteira assinada do que as médias e grandes empresas do estado. Em março, de acordo com dados do Sebrae Paraíba, compilados a partir do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os pequenos negócios geraram, na Paraíba, 1.318 empregos formais. Para gerente do Sebrae Paraíba, resultados do primeiro trimestre apontam tendência a redução de contratações.
No mesmo período, as MGE fecharam 176 vagas de emprego, enquanto a Administração Pública registrou o fechamento de 10 postos de trabalho. Considerando o acumulado dos três primeiros meses de 2022, os pequenos negócios contabilizaram a abertura de 3.162 vagas de emprego formal, enquanto as médias e grandes empresas fecharam 4.966 postos de trabalho e, a Administração Pública, fechou sete vagas.
Os dados mostram que a Paraíba está com saldo negativo na geração de empregos no período. “Observamos que apesar do número de empregos gerados pelos pequenos negócios ser maior que os gerados pelas médias e grandes nos últimos três meses, no geral tivemos saldo negativo no estado. Isso demonstra uma desaceleração com relação ao nível de contratação. De forma natural, já era de se esperar que as empresas não continuariam contratando no mesmo ritmo do ano passado”, analisou a gerente da Unidade de Gestão Estratégica e Monitoramento do Sebrae Paraíba, Ivani Costa.
Para ela, trata-se de uma tendência em termos de abertura de postos de trabalho na Paraíba. “A lógica é, daqui para frente, haver uma certa acomodação das contratações pelas empresas e, por outro lado, a necessidade de melhorar cada vez mais essa força de trabalho através de capacitações e treinamentos em busca de um maior e melhor aproveitamento e produtividade”, enfatizou a gerente.
Considerando o saldo de empregos por setor, os serviços puxaram a abertura de vagas dos pequenos negócios em março na Paraíba, com 1.121 vagas criadas. Por sua vez, também registraram saldo positivo na geração de postos de trabalho a construção civil, com 369 vagas, e a extrativa mineral, com 18 postos criados.
Já os demais setores registraram perda de vagas de emprego formal em março deste ano. O que fechou mais postos de trabalho foi o comércio, com 169 vagas a menos. Os setores da agropecuária (-15), indústria da transformação (-4) e serviços industriais de utilidade pública (SIUP) (-2) também fecharam vagas de emprego.
Portal Correio