Costumo ouvir sempre que a política, e toda sua movimentação partidária, é linda pela forma dinâmica como se propõe a movimentar seus passos e articulações. E como um bom amante da política e principalmente dos seus bastidores, que este autor que vos escreve é, concordo com tal fala. Sim, a política é linda! Porém, a beleza da política arma arapucas, não para quem está em cima do palanque sendo aplaudido, mas, para aqueles que aplaudem e gritam até a voz sumir em uma fração de segundos.
Sim, amigos, nos bastidores da política, em meio às articulações e movimentações, aqueles que perdem seus aliados tendem a lamentar a força que aquele que pulou do barco somava ao grupo, enquanto os que antes eram adversários, hoje celebram a chegada do novo aliado. Um processo natural. Mas, curiosamente, é o eleitor, que pouco ou em nada se beneficia, quem toma as dores da revolta contra aquele que deixou, ou então, celebra com fortes ares de deboche sobre o outro grupo, a chegada de quem agora soma. Já dizem os mais antigos “algo de errado não está certo”.
Na pequena cidade onde por ora reside o autor que vos escreve, tais eleitores levam muito a sério essas rixas partidárias, e aí quando tais movimentações ocorrem de forma mais constante e, por vezes, bombástica, os ânimos se acirram, os prints ressurgem e os memes já estão prontos. Ah, sem esquecer, é claro, das parcelas alheias contadas em tom de deboche de quem por ora venceu o pleito e hoje, no giro de 360°, é quem se cala e precisa contar as próprias parcelas que por ora estão prestes a se encerrar. Contaram 6 crendo que ganhariam 48, e agora, parece que não fecha nem em 24! Sim, a política é a arte do jogo que dança e vira, e por isso, parafraseando o autor da letra, observando os fatos seguimos cantando para a tal política: “… é bonita, é bonita e é bonita!”.