Paraíba tem maior média de desigualdade econômica do país, aponta IBGE

A Paraíba registrou a maior desigualdade econômica do Brasil em 2022, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.  O dado foi divulgado nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conforme a pesquisa, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita paraibano era de R$ 1.086, em 2022, com um crescimento de 13,1% em relação ao verificado no ano anterior (R$ 960).

O estado registrou 0,558, ficando acima da média do Brasil (0,518) e do Nordeste (0,517) no índice gini, que mede a concentração de renda e a desigualdade econômica. Quanto mais próximo de zero o número, maior a igualdade de renda.

A pesquisa também utilizou outro indicador de desigualdade social e o estado registrou que 50% da população com os menores rendimentos recebia um valor médio mensal real domiciliar per capita de R$ 351. Já a população parte do 1% com os maiores rendimentos, o valor subia para R$ 23.132.

O grupo com maiores rendimentos era 65,9 vezes maior que o da metade da população com os menores rendimentos, a maior proporção da série histórica. O número é mais do que o dobro da observada na média brasileira, de 32,5 vezes.

Programas sociais

Em 2022, cerca de 35,5% dos domicílios paraibanos recebiam do Bolsa Família ou Auxílio Brasil, 4,8% do Benefício da Prestação Continuada (BPC-LOAS) e 3,3% de outros programas sociais.

Segundo a Pesquisa, a Paraíba ficou em 3º lugar no país na proporção de domicílios recebendo Bolsa Família ou Auxílio Brasil (35,5%), atrás somente das constatadas no Maranhão (40,7%) e no Piauí (40,3%). Também acima das médias regional (33,8%) e nacional (16,9%).

Rendimentos na Paraíba

O levantamento também registrou que cerca de 58,8% da população residente na Paraíba, em 2022, tinha algum tipo de rendimento. O percentual corresponde a, aproximadamente, 2,4 milhões de pessoas e é o 9º menor do país, inferior às médias do Brasil (62,6%) e do Nordeste (59%).

Do total, 35,1% da população possuía rendimento de todos os trabalhos e 29,9% tinham rendimento de outras fontes. Dentro do indicador “outras fontes de renda”, a maior participação populacional (14,5%) foi na categoria outros rendimentos, programas de transferência de renda e rentabilidade de aplicações financeiras.


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