Desemprego recua para 5,4% em outubro, o menor nível da série histórica do IBGE

Carteira de trabalho – Foto: Reprodução

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,4% no trimestre móvel encerrado em outubro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado veio abaixo das expectativas do mercado, que projetavam um recuo da taxa para 5,5%, e marcou o menor nível da série histórica iniciada em 2012. A taxa caiu nas duas bases de comparação:

  • recuou 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre móvel anterior, passando de 5,6% para 5,4%;
  • e diminuiu 0,7 ponto percentual frente ao mesmo período de 2024, quando estava em 6,2%.

Além disso, a população desocupada (5,9 milhões) foi a menor registrada pela série histórica. Já o número de pessoas sem trabalho caiu 3,4% no trimestre (menos 207 mil) e recuou 11,8% em relação ao ano anterior (menos 788 mil).

“Quando observamos todos os trimestres móveis encerrados em outubro, essa taxa é a menor já registrada pela pesquisa. Também vemos que a população desocupada permanece abaixo dos patamares observados anteriormente”, aponta Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.

Enquanto isso, a população ocupada totalizou 102,6 milhões, permanecendo estável no trimestre e representando um aumento de 926 mil pessoas na comparação anual.

O nível da ocupação, considerando as pessoas empregadas dentro da população em idade de trabalhar, ficou em 58,8%, mantendo estabilidade tanto frente ao trimestre anterior quanto em relação ao mesmo período de 2024.

Veja os destaques da pesquisa:

  • Taxa de desocupação: 5,4%
  • Taxa de subutilização: 13,9%
  • População desocupada: 5,9 milhões
  • População ocupada: 102,6 milhões
  • População fora da força de trabalho: 66,1 milhões
  • População desalentada: 2,6 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 39,2 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 13,6 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,9 milhões
  • Trabalhadores informais: 38,8 milhões

Formalização estável no trimestre, mas ainda em patamar recorde

Ainda segundo os dados do IBGE, o setor privado registrou 52,7 milhões de empregados, o maior número da série histórica, ainda que sem mudanças relevantes no trimestre ou no ano.

Os trabalhadores com carteira assinada somaram 39,2 milhões — novo recorde da série —, mantendo estabilidade no trimestre e registrando alta de 2,4% em relação ao ano anterior, o que representa mais 927 mil pessoas.

  • ➡️Já os empregados sem carteira chegaram a 13,6 milhões, número estável no trimestre e 3,9% menor no ano (menos 550 mil pessoas).
  • ➡️ No setor público, o contingente foi de 12,9 milhões, estável no trimestre e 2,4% acima do registrado um ano antes (mais 298 mil pessoas).
  • ➡️ O total de trabalhadores por conta própria atingiu 25,9 milhões, também estável no trimestre, mas 3,1% maior no ano (acréscimo de 771 mil pessoas).

taxa de informalidade permaneceu em 37,8% da população ocupada — o equivalente a 38,8 milhões de pessoas —, repetindo o percentual do trimestre anterior e ficando abaixo dos 38,9% observados no mesmo período de 2024.