O tempo vai passando, e agora, a menos de 1 ano para o pleito municipal que irá definir os novos chefes dos executivos municipais no Brasil, a pequena cidade de Belém, localizada no Agreste paraibano, segue dificultando cada vez mais o xadrez desse jogo tenso e confuso.
Tem sido cada vez mais visível o desgaste da gestão da Prefeita Aline Barbosa (MDB). Distante do discurso de 2020, de gestão inovadora, técnica, se afastando dos velhos acordos políticos tradicionais para governar, Aline vem fazendo exatamente aquilo que seus antecessores fizeram os mesmos acordos para manter a governabilidade de sua gestão, e que, na realidade, não há nada de novo nisso.
Recentemente a Prefeita encaminhou para a Câmara – e foi aprovado – o projeto de criação da Secretaria de Comunicação que deve custar aos cofres públicos R$11.056,11 por mês para os 5 cargos comissionados que compõem a secretaria. A criação da mesma é mais um dos motivos que vem desagradando aliados da Prefeita, pois o Vereador Zé Vicente (Cidadania) que em 2020 era aliado e foi candidato pela coligação da então Prefeita Renata Christinne (PSB), assumiu a pasta na última semana. Contrariando assim o próprio discurso da gestão e de aliados que desde o início do mandato afirmavam não queriam integrantes da antiga gestão na atual. Lembrando que além de Zé Vicente, já integra a base da gestão Aline, e que foram membros da Gestão de Renata, o vereador Valdo Fernandes e a Secretária de Desenvolvimento Social, Fabiana Borges.
Somado aos fatos citados, problemas em diversos setores como saúde, educação, administração, aumentam e se tornam de conhecimento público ao ponto de nem os prédios bem estruturados que a gestão vem reformando ou construindo, a reforma da praça e outros, são capazes de esconder os atropelos constantes que a gestão vem enfrentando. Porém, ainda assim, a Prefeita Aline segue caminhando rumo a sua reeleição em 2024, graças a uma oposição cada vez mais desestruturada e com problemas ainda mais visíveis que os da própria gestão.
Pela oposição, de um lado segue o grupo de Ricardo Marcelo que tem sua esposa Dona Cris (Republicanos), atual vice prefeita, como pré-candidata a Prefeita; e do outro lado o grupo fragilizado dos Ex-prefeitos Roberto e Renata (PSB) que lançou o nome do ex-prefeito, mesmo sabendo que nas pesquisas internas o nome mais citado ainda é o da ex-prefeita. Aliás, aliados do casal de ex-prefeitos tem afirmado que a ausência de diálogo com Ricardo e Cris se dá pelo medo de uma eventual traição lá na frente. Ora, é preciso relembrar a todos que há décadas a política belenense vem se mantendo por meio das traições, a grande maioria familiar (leia-se dos “Pedro”).
Caro leitor, caso não saiba ou se recorde, todos os envolvidos nas eleições do próximo ano têm parentesco. Todos ligados a família “Pedro”, uma vez que, a Prefeita Aline é irmã de Ricardo e cunhada de Dona Cris, além disso, a Prefeita também é prima legítima do Ex-prefeito Roberto Flávio, por sua vez, casado com a Ex-prefeita Renata Christinne que, por tal motivo também leva o sobrenome Barbosa, os tradicionais “Pedro”, ou seja, está tudo em família há muitos anos em Belém.
Surpresa boa mesmo seria alguém popular e de coragem como a ex-vereadora Mirelly Kallinier, por exemplo, ou o Vereador e líder da oposição Xavier Netto (Cidadania), se lançar a Prefeita ou Prefeito e pôr um fim na oligarquia dos Pedro enraizada há décadas. Se isso seria possível? Difícil, mas, quem sabe?! Breve, cenas dos próximos capítulos. Até mais!
** Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha programática e ideológica do Portal do Brejo.